The Avengers
Título Original: The Avengers
Título Português: Os Vingadores
Realizado Por: Joss Whedon
Actores: Chris Evans, Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson
Data: 2012
País de Origem: EUA
Duração: 142 min.
M/13 Q
Cor, Som
3D
Se Cristopher Nolan começou com Batman uma era, The Avengers voltou a transformar os super-heróis em super entretenimento, assistindo-se ao culminar do que começou com Iron Man, seguido de The Incredible Hulk, Iron Man 2, Thor e Captain América. Começou então a gestão das expectativas e uma grande celeume se levantou.
Título Português: Os Vingadores
Realizado Por: Joss Whedon
Actores: Chris Evans, Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson
Data: 2012
País de Origem: EUA
Duração: 142 min.
M/13 Q
Cor, Som
3D
Se Cristopher Nolan começou com Batman uma era, The Avengers voltou a transformar os super-heróis em super entretenimento, assistindo-se ao culminar do que começou com Iron Man, seguido de The Incredible Hulk, Iron Man 2, Thor e Captain América. Começou então a gestão das expectativas e uma grande celeume se levantou.
Meticulosamente preparado pelos filmes que o antecederam, The
Avengers surge para gáudio de todos os admiradores, curiosos e fanáticos.
Necessário seria entregar algo que estivesse à altura do que
tinha vindo a ser patrocinado e vendido, e não nos enganemos, foi
brilhantemente conseguido, tendo por base um guião que nunca retira o heróico
ao herói nem a humanidade que lhes afecta as decisões conjugando com cenas
magníficas em que nos presenteiam com uma panóplia de super-poderes até ao
surpreendente humor embutido em cada personagem.
Com Joss Whedon na realização, The Avengers, não procura o
desenvolvimento profundo das personagens, sendo isso abordado nos respectivos
filmes (recuperando os referenciados anteriormente), encontrando-se aqui por
outro lado a exploração da relação entre estes egos como um grupo e a tentativa
de se perceber como interagiriam vários super-heróis se estivessem todos juntos
a tentar individualmente manter a sua importância e orgulho.
Cada personagem acompanhada da sua história é trazida à vida
por um elenco que faz um trabalho exímio, que consegue concretizar a ideia do
realizador trabalhando de forma cativante e de tal maneira profissional de
entrega aos seus papéis que é nesta dualidade de personalidades bem diferentes
entre si, e seguindo Joss Whedon o que verdadeiramente se pretende, não optando
pelo cliché de ter uma equipa que se junta para combater o crime, que nos
apercebemos das profundas diferenças que os separam mas que os unem ao mesmo
tempo.
Bem patente está o desagrado que nutrem ao início, visto serem todos personagens icónicas, habituados a resolver os sozinhos e principalmente a não receber ordens e muito menos partilhar a atenção.
Bem patente está o desagrado que nutrem ao início, visto serem todos personagens icónicas, habituados a resolver os sozinhos e principalmente a não receber ordens e muito menos partilhar a atenção.
Mas é nesta tensão constante que assistimos aos melhores
momentos do filme, a esta constante luta para encontrarem o seu lugar que nos
apercebemos que não estamos perante uma simples adaptação mas sim perante uma
desconstrução do que é esta gestão de egos impossível de gerir, da orgânica
própria de um grupo a não ser pela capacidade que cada um tem de se colocar ao
dispor mas mantendo-se fiel a si próprio.
A verdade é que cada personagem assume o seu protagonismo mas se necessário fosse referir alguém, esse alguém não seria apenas um mas sim dois.
Primeiro será Tony Stark representado euforicamente por Robert Downey Jr. espelha toda a sua qualidade, carisma, humor e altivez de forma magistral como nos tem habituado. Um gosto ver Tony Stark igual a si com o seu lado irrequieto e por vezes juvenil, na sua constante provocação humorística que consegue meter uma sala de cinema inteira a rir e salivar por mais, a Steve Rogers (Captain America), colocando em perspectiva alguém habituado a não seguir pelas regras contra outro em que as regras fazem parte do seu anterior quotidiano, acabando por assumir uma postura de que compreende que não está sozinho e algo maior será preciso proteger.
Segundo, Bruce Banner interpretado pela terceira vez por um actor diferente cabendo agora a Mark Ruffalo trazer Hulk de novo ao ecrã.
A verdade é que cada personagem assume o seu protagonismo mas se necessário fosse referir alguém, esse alguém não seria apenas um mas sim dois.
Primeiro será Tony Stark representado euforicamente por Robert Downey Jr. espelha toda a sua qualidade, carisma, humor e altivez de forma magistral como nos tem habituado. Um gosto ver Tony Stark igual a si com o seu lado irrequieto e por vezes juvenil, na sua constante provocação humorística que consegue meter uma sala de cinema inteira a rir e salivar por mais, a Steve Rogers (Captain America), colocando em perspectiva alguém habituado a não seguir pelas regras contra outro em que as regras fazem parte do seu anterior quotidiano, acabando por assumir uma postura de que compreende que não está sozinho e algo maior será preciso proteger.
Segundo, Bruce Banner interpretado pela terceira vez por um actor diferente cabendo agora a Mark Ruffalo trazer Hulk de novo ao ecrã.
E eis que agradável surpresa.
Muito superior a Eric Bana, pega na versão de Edward Norton e
melhora-a. Mais inteligente do que Tony Stark e guiando a sua vontade pelo seu
lado racional e bondoso de compaixão, torna Hulk mais próximo do espectador, e
quando é chamado a libertá-lo, assistimos a gloriosas cenas de verdadeira
bestialidade e magnitude que só um personagem destes poderia entregar levando
as mãos à cabeça petrificados quando nos apercebemos da força libertada. Temos aqui
a verdadeira surpresa do filme, contrariando os cépticos e entregando vários
momentos espectaculares como cómicos, principalmente na interacção com Thor interpretado por Chris Hemsworth que repete aqui o excelente
desempenho do filme homónimo
Uma palavra para o também excelente desempenho de Jeremy
Renner como Hawkeye, um verdadeiro Robin Hood dos tempos modernos, Samuel L.
Jackson como um diferente Nick Fury e Scarlett Johansson como Black
Widow. Cada personagem tem o seu talento e é recompensador ver a maneira como
os combinam.
Loki não aparece como um simples vilão mas como alguém com um
verdadeiro plano, que o quer cumprir até ao fim, mas balançando na ténue linha
entre o malévolo objectivo e a redenção.
Será a partir do momento em que se apercebem que só
trabalhando como equipa é que verdadeiramente conseguem funcionar e retirar o melhor
de si que o filme atinge o seu pico e encontra o seu objectivo de forma subtil
e cuidada. Finalmente os egos não mais interessam, os conflitos e desconfianças
não mais têm lugar , mas sim o interesse comum que os une como tal e que os
torna especiais, o bem comum.
Os efeitos especiais são a par com as gloriosas cenas de
acção dois dos factores que contribuíram para este sucesso, como seria de
esperar. Acção frenética intercalada por verdadeiros diálogos coerentes e
magníficos equipamentos elevam a grandeza do que se passa no ecrã. E como é
espectacular assistir a titânicos embates.
The Avengers entrega o que promete e muito mais, eleva a
fasquia para os futuros filmes do género e a relação umbilical que todos estes
heróis partilham tornam o filme em algo verdadeiramente coeso e
fascinante.
Hipocrisias de parte, estamos perante algo que vai gerar um
lucro milionário mas merecido porque Joss Whedon dedicou mais do que a sua
vontade, meteu o respeito e a admiração acima de si, realizou um filme
que vai excitar o mais fanático dos fãs e conquistar o mais céptico dos
críticos.
Nota:
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