terça-feira, 17 de março de 2009

La Habitación Del Niño

Titulo Original: La Habitación Del Niño
Titulo Português: O Quarto Do Bebé
Realizado por: Álex De La Iglesia
Actores: Javier Gutiérrez, Leonor Watling, Sancho Gracia, María Asquerino
Data: 2006
País de Origem: Espanha
Duração: 77 mins
M/16
Cor e Som










La Habitación Del Niño é mais um filme que vem consolidar o cinema de terror espanhol que está com um desenvolvimento cada vez maior, bastando-nos ver o caso d'O Orfanato ou de Rec, que até é candidato ao remake que estará em breve nas salas.
O Quarto do Niño, como eu gosto de lhe abreviar, foi-me recomendado por um colega do Retroprojecção pelo que decidi vê-lo. A premissa do filme é a da existência dum homem que está ao lado do bebé do casal no seu quarto, mas que apenas pode ser visto ou ouvido através dum inter-comunicador, o que é excelente e perturbante. Enquanto a premissa se mantém durante a primeira meia hora cheguei até a bater palmas, tendo chegado a pular uma ou duas vezes da cama, não do sofá, onde me encontrava. Focamo-nos nessa meia hora no casal Juan (Javier Gutiérrez) e Sonia (Leonor Watling), que em conjunto com o seu filhote de sete meses compram uma mansão de sonho num bairro rico. Claro está, a grande casa está assombrada. Mas até aqui não há problema. O problema é quando o casal se separa por Sonia pensar que Juan está a ficar louco. Esse é o ponto de viragem para o inicio do descambar deste filme até ao momento tão promissor. Os dois actores, quando juntos, transmitiam uma relação de afecto fora do vulgar, quer entre eles, quer para com o filho, e o seu desejo de perceber o que está no quarto do bebé. Adiante, é a partir daí que a premissa do filme fica distorcida. O thriller aterrador (um homem de escuro sentado ao lado do berço dum bebé!) torna-se num filme de mistérios e fantasias sem justificações racionais, e que acabam mesmo por se perder nos "plot holes" das suas fantasias que não conseguem justificar. Além disso vamos assistindo depois a um desfilar de cenas recicladas de milhares ou milhões de outros filmes do género. Temos vários sustos fáceis, enganos como o protagonista Juan tomar um mero estafeta de publicidade por um ladrão, ou Sonia ter atitudes face a Juan totalmente incompreensíveis, isto sem querer estragar muito mais o filme, se bem que não se acaba por perder nada de extraordinário. Gutiérrez acaba por não conseguir conduzir o filme sozinho (a partir do momento em que Leonor Watling sai de cena provisoriamente) com algumas falhas de interpretação, além da própria deturpação do conceito original acaba por fazer com que o filme deixe de meter medo, sendo esse o seu objectivo. Não é um filme a evitar, mas também não é algo com que alguém se deva preocupar em ver. Talvez com um melhor orçamento e feito por americanos...


Nota: 1/5

6 comentários:

Anónimo disse...

"Talvez com um melhor orçamento e feito por americanos..." exacto tal como a versão do [REC] feita em Hollywood por esses mesmos americanos endinheirados que dá pelo nome de "Quarantine" que é brilhante BRILHANTE!Que maravilha!

David Bernardino disse...

caro octaviozinho, tente perceber aquilo que eu quero dizer antes de se por a apontar o dedinho. Obviamente estou a ser ironico, ou acha que apoio remakes como o agradável Rec ou o coreano Oldboy, ou mesmo do japones Battle Royale. O que eu quis dizer, além da ironia, era que de facto com um melhor orçamento talvez as coisas tivessem sido diferentes, como a contratação dum actor mais competente para o papel principal! E por americanos não me referia a hollywood mas à imagem que o público em geral tem deles serem melhores profissionais. Tanto e tanto publico perde bons filmes apenas por não serem americanos, como os exemplos anteriores. Agora caro Octavio, para a próxima não se apronte em apontar o dedo a uma frase, o Retroprojecção não é o fórum da Blitz. Se quiser dar a sua visão sobre o filme, isso sim seria algo com valor! cumprimentos

Anónimo disse...

Aqui o Retroprojecção é um blog como qualquer outro e cada leitor expressa a sua opinião como melhor lhe aprover!Não lhe cabe a si dizer-me que opinião devo ter sobre um filme que nem sequer vi, e por isso limitei-me a comentar a crítica!

David Bernardino disse...

Não o Retroprojecção não é um blog como outro qualquer, já que aqui não há nenhum jovem a postar o dia a dia neste espaço, nem nenhum outro sujeito a fazer piadas sobre a actualidade.O objectivo do retroprojecção não é dar de comer aos leitores, mas discutir cinema! E se nem sequer viu o filme, dizer piadas da boca para fora... Não irei falar mais sobre este assunto. Cumprimentos

Anónimo disse...

quando vemos um novo post minha gente??

Anónimo disse...

Granda Bernard!