domingo, 7 de outubro de 2007

Vampires

Título Original: Vampires
Título em Português:
Vampiros de John Carpenter
Realizado por:
John Carpenter
Actores:
James Woods, Daniel Baldwin, Sheryl Lee, Maximilian Schell
Data:
1998
País de Origem:
EUA
Duração:
108 min.
M/16Q

Cor, Som













Em semana de estreia do segmento Planet Terror,do filme Grindhouse, produção conjunta de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino como tributo aos filmes noir dos anos 70, parece-me apropriado analisar um filme muito posterior que contudo se apresenta como um dos títulos mais marcantes de um dos mestres do cinema gore. Vampires, consegue entrelaçar uma história de vampiros com o Vaticano numa perspectiva que pelo seu paralelismo Realidade/Fantástico se torna interessante logo á partida.
James Woods como anti-herói (inclusivamente com algumas semelhanças á sua recente personagem na série Shark) interpreta um caçador de vampiros profundamente traumatizado, extremamente agressivo e bestializado, mantendo contudo um estilo divertido ao estilo Bruce Willis em Die Hard.
É este um dos primeiros pontos especiais deste filme, aquilo que falta em vários filmes do género (Desperation ou Devil´s Rejects) que é a capacidade de manter nas personagens um carisma e uma personalidade aprofundada capaz de nos surpreender e de nos fazer encontrar em pequenos detalhes diversos processos identificativos.
O filme oscila sem qualquer vertigem entre planos realistas e planos do fantástico, com muito sangue á mistura ou não fosse Carpenter um dos mestres deste género. Aquando do seu lançamento este filme contou com a insurgência da igreja católica, dada as claras referencias ao Vaticano, um pouco como aconteceu com Código da Vinci, contudo se no caso do segundo os média retrataram a reacção católica como um escândalo, no caso deste filme do carpenter grande parte da opinião pública concordou com a opinião da igreja considerando o filme como um atentado ao catolicismo. A dúvida permanecerá sobre as intenções de Carpenter, mas não é difícil descobrir em algumas cenas um sarcasmo divertido, em relação á igreja, o que num filme deste género não deve ser levado demasiado a sério. Um filme que não se recomenda a todos, mas altamente recomendado aos amantes do cinema Grindhouse de estilo anos 70, ainda que produzido em 1998.

Nota:

1 comentário:

She was anouk disse...

Este foi um dos filmes que me perseguiu durante a minha vida inteira, um filme que me arrepiava cada vez que o revia. No entanto a última vez que o vi (há cerca de 6 meses coisa assim), já o vi de maneira diferente e apesar de não ter a mesma opinião que tive em tempos, não diminui em qualidade para mim, apenas essa qualidade aponta para aspectos diferentes.
A meu ver, e sendo uma fã incondicional de filmes vampíricos (de todo o mito de Vlad Tepes digo), Thomas Ian Griffith foi um dos vampiros mais credível que vi no grande ecrã.

Magnífico blog! Parabéns! :)