domingo, 7 de dezembro de 2008

The Dark Knight

Título Original: The Dark Knight
Titulo Português: O Cavaleiro das Trevas
Realizado por: Christopher Nolan
Actores: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Michael Caine, Morgan Freeman, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Cillian Murphy
Data: 2008
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 152 mins
M/12Q
Cor e Som









O que é afinal The Dark Knight, esse filme que bateu tantos recordes de bilheteiras, tão aclamado pela crítica e até considerado por votação no aclamado site Imdb como o 4º melhor filme de sempre? Será acção, filosofia, política, um longo desfile de actores? A tão aclamada perfeita interpretação de Heath Ledger que até se fala num Óscar póstumo? Não sei, porque apesar de ser um filme 4 estrelas, na essência este é um filme nada, não se define, mas também não sejamos tão extremos... Ele é qualquer coisa! A realização é o seu grande trunfo. Christopher Nolan, mais uma vez, quis exceder-se. Se já o tinha feito de forma vincada qb em Batman Begins, já para não falar em The Prestige, então aqui destrói barreiras. A forma sóbria como movimenta a câmara, encadeia acontecimentos e exige ao espectador que leia nas entrelinhas do que se está a passar é o detalhe mais fantástico do filme. A narração, a forma como a história nos é mostrada, por vezes omitindo as tais cenas que temos que concluir por nós próprios. É muitas vezes preciso repensar as cenas anteriores para captar todas as nuances dum enredo muito agradável. Mas o que realmente ficou falado e considerado como o grande cerne do filme é a personagem de Heath Ledger, o Joker. Este vilão deseja caos e desordem, não dinheiro, poder, ou fama, apenas destruição. É aí que entram as já faladas teorias filosóficas que consideram o Joker como anarquista, erradamente claro está, pois o que ele é é um anomista que defende a ausência de regras e leis, sendo a anarquia uma ideologia onde não existem leis mas existe noção de liberdade, igualdade e bom senso. E é uma personagem muito interessante sim, é um dos vilões mais originais alguma vez vistos no cinema, mas também não é preciso tirar o protagonismo da verdadeira personagem principal. Quanto a Heath Ledger sim, a interpretação está acima da média mas não é a limpa actuação de Óscar, pode-se considerar candidato mas há-que reconhecer que a morte de Heath Ledger e toda a sua mediatização deram a esta sua última interpretação um empurrão subjectivista demasiado forte, que já estava iniciado com Brokeback Mountain. No entanto o melhor do filme não é nem nunca poderia ser o Joker, afinal isto é sobre o Batman. Christian Bale, esse sim já fez muitas actuações merecedoras de Óscar, muitos óscares, e se Heath Ledger merece uma nomeação, também Bale e Aaron Eckhart merecem, e até Michael Caine como personagem secundária. Aaron Eckhart, um actor da nova geração que também se deve ter em consideração, interpreta o símbolo da esperança da cidade contra a criminalidade crescente. A história desta personagem, Harvey Dent, acaba por ser a mais forte do filme, com mais reviravoltas e cenas dignas de facto de filme excepcional. No fundo isto para dizer que o filme está recheado de brilhantes prestações.
Infelizmente este que é sem dúvida o melhor filme de super-heróis de sempre também tem os seus pontos negativos e não são poucos. Os moralismos dignos das manhãs da Tvi quando numa das cenas intensas do filme há o dilema de explodir um barco cheio de presos ou um barco cheio de cidadãos limpos criminalmente, e se nenhum deles explodir explodem os dois, será necessário por isto num filme até aí tão sério e complexo? Comparar a decisão entre a vida dum prisioneiro e dum cidadão normal e concluir que afinal todos somos iguais e como o Joker é tão mau. Depois há a personagem de Gary Oldman, estúpida, desnecessária, excessivamente naif e que até introduz o drama no seio duma família de Gotham City. E agora Batman: está mau. o super herói em si não parece robot nem homem, é um híbrido, com uma voz ridicula que só mancha o filme. Quanto a Bruce Wayne, a identidade do Batman, esse sim está fantástico, não fosse Christian Bale, na minha modesta opinião pessoal, o melhor destes novos actores que por aí anda, com uma filmografia invejável (American Psycho, El Machinista, Rescue Dawn) para actores como, por exemplo, Heath Ledger.
Um filme espantoso mas não extraordinário, com os seus calcanhares de aquiles, mas que acabam por ser esquecidos num visual, interpretação e enredo de encher o olho e babar. Um dos melhores do ano, mas não melhor que Batman Begins, que no seu âmago não é verdadeiramente um filme de super-heróis, antes um drama pessoal.

Nota:

Outras Notas:
RMC:

Pedro Mourão-Ferreira:

5 comentários:

Anónimo disse...

VAI TOMA NO SEU CU!! Cinema é arte. Larga de se aparecido(a) e vai procurar oque fazer seu(ua) desocupado(a).

David Bernardino disse...

ahahahahahah!

Anónimo disse...

Vi o vosso video na Fnac e gostava de o poder rever. Podem disponibilizar no youtube?

Obrigado

Miguel P. disse...

Caro Anonimo.

O video ja esta disponivel no Youtube. Obrigado pelo seu interesse e deixo aqui o link.

http://www.youtube.com/watch?v=uhNBZvFj0pU

(nao se esqueça de carregar na opção abaixo do video para melhorar a qualidade --» "assistir em alta qualidade")

Anónimo disse...

Entao e agora se eu começasse a aparecer aqui neste blog,assim do nada completamentamente inesperado...sem sequer ter visto o Dark Knight. Ahahahah
MAs vi o Begins e ate gostei, diferente pelo menos na abordagem feita, nao é mais um filme de superherois se é que me entendem,vou ver este e dar uma opiniao mais consistente

VAO TOMAR NO CU TODOS