sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

The Truman Show

Título Original: The Truman Show
Título em Português: The Truman Show
Realizado por: Peter Weir
Actores: Jim Carrey, Laura Linney, Natascha McElhone
Data: 1998
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 103 minutos
M/12Q
Cor, Som







Truman Burbank leva a sua vida normal. Tem uma mulher que ama, uma boa casa, um emprego bom e seguro. O filme começa certamente de uma forma bizarra, com o que parece ser um projector de luz a cair, aparentemente, do céu. Truman passa por este acontecimento com alguma estranheza, mas ainda assim segue caminho. Mas mais acontecimentos se seguem, em que Truman, enquanto conduzia o seu carro e ouvia rádio, apanha uma frequência que relatava o percurso que o seu carro fazia no exacto momento, voltando depois a frequência ao normal. Vão-se seguindo inúmeros acontecimentos em que o personagem vai desconfiando de que o estão a observar ou que tudo o que acontece à sua volta está previamente planeado. Não só no mundo quotidiano do emprego, como mesmo junto à mulher e aos amigos. A certa altura, Truman começa a desconfiar de uma sistematização da realidade à sua volta. Até ao momento em que começa a testar tudo à sua volta, tomando acções inesperadas ou fazendo movimentos completamente imprevistos numa rotina de alguém que durante o dia, apenas faz o percurso pendular. Truman testa, no fundo esta desconfiança.
O auge desta experiência é quando ele tenta, juntamente com a mulher, sair da cidade, impedido por um acidente envolvendo materiais tóxicos, segundo as autoridades da zona. O problema é que a desconfiança vai aumentando até ao dia em que Truman engendra um plano brilhante para tentar escapar à conspiração que monitoriza a vida deste.
Brilhante, neste filme, e em grande parte se deve a nota atribuída, é a prestação de Jim Carrey. Brilhante mesmo, confirma ser um actor realmente fantástico. Truman Burbank, interpretado por Jim Carrey, passa por todos os estados de espírito existentes: tristeza, desespero, raiva, choro, mas também alegria contagiosa, boa disposição. Para além do habitual humor físico, que é uma característica tão forte na representação de papeis por Jim. De resto, a salientar a atmosfera de uma sociedade perfeita tão bem recreada pelo realizador e a maneira como este explora até à exaustão (e bem) a flexibilidade de representação cinematográfica do actor norte-americano. Este é um filme que indirectamente se refere ao poder que temos de controlar as nossas ideias e vontades na sociedade urbana actual e até que ponto temos nós liberdade de escolha das mesmas (podemos até quase falar disto como determinismo). Com Jim Carrey a mostrar por que é dos actores mais flexíveis actualmente.

Nota: 5/5


Outras Notas:
Miguel Patrício: 3/5
RMC:

David Bernardino: 2/5
Pedro Mourão-Ferreira: 3/5

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa critica. Refira-se também o conceito de dúvida Cartesiana fornecida pelo homem que "quer duvidar, desconfinado de tudo o que lhe é materialmente imposto como realidade"

Anónimo disse...

o filme é bom mas 9 é um grande exagero