Chihwaseon
Título Original: Chihwaseon
Título em Português: Embriagado de mulheres e de pintura
Realizado por: Im Kwon-taek
Actores: Choi Min-sik, Ahn Sung-kee, Yu Ho-jeong
Data: 2002
País de Origem: Coreia do Sul
Duração: 117 min.
M/12Q
Cor, Som
Visualmente perfeito e delicado, Chihwaseon é obra pilar do novo cinema coreano. Realizado por um dos mais antigos cineastas coreanos, Im Kwon-taek, este filme conta-nos a história do maior pintor coreano - Jang Seung-up - , situando a acção numa Coreia em conflito; destabilizada ora pelos vizinhos chineses ora pelos viznhos japoneses. Todavia, o menos importante na película são as suas implicações históricas ou o enquadramento histórico que este pretende atribuír. Na verdade, Chihwaseon é esteticamente belo, puro e infantil - e esta é a sua grande dimensão. Os cenários encobertos pela névoa tipicamente orientais ressaltam na tela não como poesia, mas sim como brincadeira erótica. Pois também, em todo o filme há o desejo de materializar o que se vê, incluíndo o desejo pelas mulheres e pelo vinho.
Discute-se a função da arte: se ela deve ser a representação do real absoluto ou deve ser transfiguração permanente pela imaginação e pelo píncel do pintor. Na verdade, o filme é também um diálogo entre as vertentes da pintura, e, de uma maneira geral, da arte em si.
As pinceladas surgem muito rapidamente, e como é belo ver as pinturas que constantemente vão acompanhando alí e acolá a narrativa. Isto quer dizer que, de uma maneira geral, persegue-se o conceito de belo durante todo o filme, passeando o espectador pelas galerias, ou pelas florestas e as montanhas misteriosas. Portanto o filme não quer induzir o espectador a tomar uma posição, ele unicamente aponta os caminhos para este ter uma hipótese de escolha.
Para finalizar, Choi Min-sik está, outra vez, genial, representando o mal-humorado e inspirado pintor Jang Seung-up, doido por mulheres e vinho, renegando no final uma sociedade que prefere a revolução e a guerra, à subtileza das suas pinturas.
A Atalanta filmes lançou recentemente uma versão portuguesa de Chihwaseon. Para quem ainda goste do trago doce da andorinha solitária na pintura, ou dos cenários artísticamente perfeitos e profundos, a visualização deste filme torna-se necessariamente obrigatória.
Discute-se a função da arte: se ela deve ser a representação do real absoluto ou deve ser transfiguração permanente pela imaginação e pelo píncel do pintor. Na verdade, o filme é também um diálogo entre as vertentes da pintura, e, de uma maneira geral, da arte em si.
As pinceladas surgem muito rapidamente, e como é belo ver as pinturas que constantemente vão acompanhando alí e acolá a narrativa. Isto quer dizer que, de uma maneira geral, persegue-se o conceito de belo durante todo o filme, passeando o espectador pelas galerias, ou pelas florestas e as montanhas misteriosas. Portanto o filme não quer induzir o espectador a tomar uma posição, ele unicamente aponta os caminhos para este ter uma hipótese de escolha.
Para finalizar, Choi Min-sik está, outra vez, genial, representando o mal-humorado e inspirado pintor Jang Seung-up, doido por mulheres e vinho, renegando no final uma sociedade que prefere a revolução e a guerra, à subtileza das suas pinturas.
A Atalanta filmes lançou recentemente uma versão portuguesa de Chihwaseon. Para quem ainda goste do trago doce da andorinha solitária na pintura, ou dos cenários artísticamente perfeitos e profundos, a visualização deste filme torna-se necessariamente obrigatória.
Nota:
2 comentários:
eu propunha escrever mais
취화선.좋아요 ^^
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