segunda-feira, 24 de março de 2008

There Will Be Blood

Título Original: There Will Be Blood
Título Português: Haverá Sangue
Realizador por: Paul Thomas Anderson
Actores: Daniel Day-Lewis, Paul Dano, Dillon Freasier, Kevin J. O'Connor
Data: 2007
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 158 mins
M/12Q
Cor e Som










A disputa do Óscar de melhor filme de 2007 foi desde o inicio entre There Will Be Blood e No Country For Old Men. Fica já aqui definido que qualquer um deles seria um vencedor justo. No entanto, e a meu ver, There Wil Be Blood consigue ir um pouco mais além.
Tal como O Assassinato de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford, Haverá Sangue apresenta uma estrutura narrativa clássica, onde, com tempo, se constroem, personagens, cenários e diálogos. Temos então a mesma questão de Jesse James. Se o público não está preparado para aquilo que vai ver vai sair entediado, pensando que o filme foi a tal "seca". 156 minutos também não ajudam. Mas antes There Will Be blood é uma obra-prima, é um "one man show" com Daniel Day Lewis a fazer um dos melhores papéis de sempre (óscar de melhor actor). A história gira à volta de Daniel Plainview (Lewis), um prospector de petróleo na época do ouro negro dos Estados Unidos. A película é uma saga onde testemunhamos a carreira deste líder, abordando inúmeros e importantes temas como a religião, a família, a ambição ou o dinheiro, entre outros. E na realidade é para estes temas que There Will Be Blood existe, sendo cada um deles um objecto de estudo meticulosamente dissecado. No entanto em nenhum deles Paul Thomas Anderson toma partido. É um alívio face aos filmes de reflexão pretenciosa que hoje inundam a indústria. Aqui temos reflexões ímunes de favorecimento.
Existem muitas personagens secundárias. Entre todas elas aquela que mais se destaca é a do jovem padre Eli, interpretado também sublimamente por Paul Dano. Dialogos fantástiscos, um clímax inesquecível, tudo são ingredientes das espectaculares performances de Lewis e Dano.
Outro ponto importante a focar é a banda sonora, fantástica, que se aplica e acompanha na perfeição cada cena. A paleta de cores é outro ponto forte.
Há quem diga que este é o melhor filme do novo século. Eu não iria tão longe mas é sem dúvida um dos dois melhores filmes de 2007. Um quadro em filme.

Nota: 5/5

Outras Notas:
Pedro Mourão-Ferreira:3/5

3 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente, este filme foi uma desilusão. É um filme extenso, sem objectivo definido, sendo que a história vai-se arrastanto até um final perfeitamente dispensável. De facto, embora possa ser visto à luz de uma descrição de um ambiente e de uma época histórica, acho que não é um filme tão excepcional como se diz. Por outro lado, Daniel Day-Lewis representou, sem dúvida, um papel extraordinário.

Luís A. disse...

concordo em absoluto com as 5 estrelas! um dos melhores deste milénio!

Anónimo disse...

assim sim. concordo plenamente. grande filme. a unica discordância é que para mim este filme devia levar o oscar. o no country for old man é um muito bom filme, mas o assassinato de Jesse James e o There will be blood na minha opinião vão mais além.