Identity

Título Original: Identity
Título em Português: Identidade Misteriosa
Realizado por: James Mangold
Actores: John Cusack, Ray Liotta, Alfred Molina, Amanda Peet, John McGinley
Data: 2003
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 90 minutos
M/16Q
Cor, Som

Uma noite de chuva torrencial faz com que 10 pessoas sejam obrigadas a ficar num motel até o tempo melhorar. George York e Alice York, juntamente com o filho Timothy, estão lá pois Alice foi atropelada por Ed, um motorista de uma actriz famosa, Caroline Suzanne, que tenta chamar uma ambulância, juntamente com Rhodes, um polícia, que traz um prisioneiro de nome Robert Maine, que parou no motel devido ao mau tempo. Ed deixa o motel na procura de um hospital, e pelo caminho dá boleia a Paris, uma prostituta cujo carro deixa de funcionar, e a Ginny e Lou, um casal cujo carro também ficou inutilizável. O dono do motel, Larry, após todos estarem presentes, entrega as chaves de cada quarto a cada hóspede. Num plano paralelo, é discutida a pena a aplicar a um homem acusado de múltiplo homicídio, num escritório algures. Este plano vai sendo intercalado com o principal ao longo da película.
A certa altura, Ed começa a ouvir um barulho forte, seco, e repetitivo, cá fora. Quanto mais se aproxima da lavandaria do motel, mais perto parece o barulho. O motorista entra nessa lavandaria, desliga algumas máquinas e repara que o barulho continua, mas só sobra uma máquina. Decide abri-la. E encontra o corpo ensanguentado de Caroline. A partir daqui, apesar de não o saberem, iniciar-se-á uma espiral assassina que vitimará os hóspedes, sem que se conheça quem ou o que está por detrás dela. A cada momento cada hóspede começa a ser morto das maneiras mais diversas, e os restantes lutam contra uma força invisível que os persegue. Uma das coisas que mais perturba os sobreviventes é que, junto a cada personagem morto, aparece a chave com o número de um quarto. Pior se torna quando se apercebem de que é uma contagem decrescente.
Apesar de ser filmado num espaço relativamente pequeno, como é o caso do motel, e apesar de ser de noite, limitando talvez um pouco a luz no filme todo, o filme não perde nada com isso. Uma boa realização, aliada à atmosfera hostil criada, permitem que um pequeno espaço de acção não condicione, de todo, o desenrolar dos acontecimentos. As personagens também estão bem exploradas. Cada uma é muito diferente da outra e esses choques entre os variados perfis são notórios ao longo da história. Mas ainda assim, o ponto mais forte deste filme, permitam-me o “clichet”, é o final. Quando este é revelado, por mais tempo que ficasse a pensar em muitos finais diferentes para completar o filme, nunca chegaria ao que nos é mostrado. Pela sua originalidade, complexidade até, foi aquilo que me ficou na cabeça, pela surpresa que me provocou e que, provavelmente, provocará em qualquer espectador. Por vezes, finais originais implicam uma certa falta de cabimento em relação ao resto do argumento, mas neste caso penso que está perfeitamente encaixado, por mais rebuscado que outros o possam considerar.

Nota:

Outras Notas:
RMC: