quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

The Green Mile

Titulo Original: The Green Mile
Titulo Português: À Espera de Um Milagre
Realizado por: Frank Darabont
Actores: Tom Hanks, David Morse, Michael Clarke Duncan, James Cromwell, Barry Pepper, Michael Jeter, Doug Hutchison, Sam Rocwell, Jeffrey DeMunn.
Data: 1999
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 188 min
M/16
Cor e Som








Adaptado do romance de Stephen King, The Green Mile conta-nos a história do corredor da morte de uma penitenciária americana num ano da década de 1930. Os guardas desse corredor onde os prisioneiros condenados à morte aguardavam a execução da sentença nas celas apelidavam-no de Green Mile, devido ao seu tom esverdeado e ao mesmo tempo procurando simbolizar a esperança. Todos os dramas deste local decorrem amenamente... Até que chega um novo prisioneiro: John Coffey.
John Coffey é um gigante, negro, e acusado de chacinar duas pequenas meninas gémeas após as ter violado. Coffey é trazido para o corredor da morte por Percy, um odioso e cobarde guarda prisional que apenas conseguiu o seu posto por ser parente directo de um homem importante. Percy faz a vida negra aos 4 guardas do corredor; o chefe racional e sensivel Paul Edgecomb, interpretado por Hanks, o grande, forte, temivel e grande companheiro Brutal Howell até alcunhado por Brutus, interpretado por Morse, o jovem recém casado Dean Stanto, interpretado por Barry Pepper, e o veterano Arlen Bitterbuck, desempenhado por Jeffrey DeMunn. Todos os 4 são grandes amigos e tentam de todas as formas atenuar o tenso ambiente do corredor da morte, habitado por 2 presos: um índio que já havia feito a sua paz e um homem com problemas mentais mas muito bondoso e sensível, interpretado por Michael Jeter que o faz de forma exemplar. Pouco depois do inicio do filme assistimos à execução do índio. Depois chega John Coffey. Percy insiste em arruinar o ambiente de calma e aceitação reinante no corredor da morte provocando os condenados e ferindo-os psicologicamente com ofensas demasiado violentas para serem ouvidas por um homem que será condenado à morte.
Edgecomb é vítima de uma infecção urinaria que o impede de urinar e lhe provoca fortes dores, "como lâminas" diz. Este mal perdura em Edgecomb à já alguns dias e parece só piorar, impedindo-o não só de urinar como tambem de fazer amor com a sua mulher. Numa noite em que está sozinho a guardar o corredor da morte, Paul aproxima-se de Coffey a seu pedido. Rapidamente Coffey agarra-o através das grades e miraculosamente cura Edgecomb, expelindo a doença de Edgecomb pela boca. Acontece um milagre. Este é apenas o primeiro e menos significante milagre que Coffey faz durante a película. Os outros são notáveis capazes de sensibilizar até os mais frios com a sua bondade.
Os dias decorrem normalmente até que aquando de uma inspecção de Percy ao corredor da morte, um novo habitante chega: um ratito cinzento. Insensivelmente Percy tenta matá-lo mas o ratito esquiva-se uma e outra vez troçando de Percy. Percy fica furioso e o rato esgueira-se para dentro da solitária. Desta vez Percy conseguiria apanhá-lo mas eis a sua surpresa quando abre a porta da solitária e vê dezenas de moveis e outras tralhas a ocupá-la. Os guardas riem-se. A solitária já não era usada à muito muito tempo, pois tal nunca foi necessário. Percy desarruma toda a solitária apenas para não encontrar o rato. Percy volta a arrumar tudo, furioso e , procurando ter uma postura séria, os guardas ameaçam Percy dizendo que se alguma vez mais ele viesse perturbar a paz da Green Mile teria que se haver com eles. Este é apenas um dos simples mas brilhantes episódios retratados neste filme.
Este é um filme muito longo. Esse factor leva o espectador a criar uma grande simpatia por todas as personagens em particular por John Coffey. John Coffey é muito humilde, bondoso, educado e simpático. Para além disso faz milagres. O ratito já referido torna-se um grande amigo de Delacroix(Michael Jeter), que até o apelida de Mr.Jingles. É de facto fabuloso o ambiente recriado por Darabont, que já havia feito um trabalho fora de série com o filme Os Condenados de Shawshank.
Entretanto um novo ondenado chega à Green Mile, Billy The Kid, interpretado notavelmente pelo actor Sam Rockwell. Wild Bill é insensível, louco, mau e um assassino sem remorsos que nenhum bem vem fazer ao tranquilo corredor da morte. O seu papel é muito importante, demasiado importante para o referir nesta crítica.
Quanto ao enredo gostaria apenas de terminar referindo as palavras de Coffey quando os seus eternamente agradecidos guardas lhe perguntam o que ele desejaria jantar na sua ultima refeição antes da execução."Rolo de carne com puré seria óptimo". Digam-me se não é fantástico. Michael Clarke Duncan faz um excelente trabalho. Coffey é uma antítese. É um gigante fortíssimo capaz de meter medo a qualquer um. No entanto a sua personalidade é o completo oposto.
Tanto no campo da filmagem como no sonoro não existe nada que se deva realçar. O filme triunfa apenas devido ao seu enredo e interpretação. Na minha opinião esta é a melhor interpretação da carreira de Tom Hanks. Só mesmo vendo o filme para confirmar tudo isto. O enredo é tão aparentemente simples e na realidade tão complexo que as personagens são desenvolvidas na sua totalidade. As suas histórias pessoais e profissionais são espelhadas e podemos verificar a diferença de personalidade existente nas personagens entre estas duas esferas.
The Green Mile é um dos poucos filmes que realmente me tocou emocionalmente e deve ser visto por todos os maiores de 16 anos devido ao seu extremo conteúdo. É um filme fantástico e deve ser reconhecido por isso.

Nota:

Outras Notas:
RMC: 3/5

2 comentários:

Anónimo disse...

De facto um grande e emocionante filme, que acaba invariavelmente por denunciar alguns fenómenos que passados em corredores da morte nos EUA, nos quais alguns polícias são quase que confidentes dos prisioneiros e acabam por ter uma relação de confiança com estes. Por outro lado, o caso de execuções por engano também são assusta todos aqueles que vêm o filme, pois um inocente perde a vida por um mal entendido. Por outro lado outro dos fenómenos que aparece muito bem explicado no filme é o facto das "cunhas" pois um dos polícias no corredor da morte tem um longo curriculo de queixas dos seus próprios colegas de trabalho, mas que de nada servem para o expulsar de "Green Mile", porque o polícia em causa é afilhado de um superior na polícia o que ainda o torna mais arrogante.
Por fim devo dizer que apesar de terem sido referidos alguns exemplos de milagres feitos ao longo do filme por Coffey, o que acaba por ser um dos mais importantes é a cura da mulher, já velhinha, de Warden Hal Moores(James Cromwell)que estava a morrer aos poucos em casa com cancro,mas que acaba por ser salva fruto do dom de John Coffey tem, após uma excelente cena de amizade.
Mas não se pense que no corredor da morte só estavam boas pessoas porque a meio do filme um novo "hóspede",'Wild Bill' Wharton(Sam Rockwell) que é apelidado por Coffey como "mau" sendo em algumas cenas assustadoramente parecido com um demónio em pessoa.
Em suma, um filme polémico e um dos melhores que já vi até hoje.

Anónimo disse...

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