domingo, 17 de dezembro de 2006

Batoru Rowaiaru II: Chinkonka

Título Original: Batoru Rowaiaru II: Chinkonka
Título em Português: Battle Royale II
Realizado por: Kinji Fukasaku, Kenta Fukasaku
Actores: Tatsuya Fujiwara, Ai Maeda, Beat Takeshi
Data:2003
País de Origem:Japão
Duração:133 min.
M/16
Cor, Som









Sempre se disse que uma sequela nunca chega a ultrapassar uma prequela. Este filme não é excepção - como gostaríamos que o fosse! Battle Royale II é tão mediocre que chega a desapontar todos aqueles que chegaram a gostar do primeiro filme. Nota-se sempre um desejo de continuação dos mesmos temas que o anterior já tinha lidado, das mesmas observações, inclusive das mesmas questões. É um filme que existe para fazer dinheiro, para tentar prosseguir o que tinha parado - e ainda bem que tinha parado (só assim fazia sentido) - não se apercebendo que esta sequela só vem manchar a ideia e a mensagem de Battle Royale. As personagens que restaram foram pessimamente mal exploradas, Shuya torna-se numa personagem sem conteúdo, sem nexo, deslocada do filme e da narrativa. Para nem mencionar as novas caras que se juntaram. Más representações, terrivel história, má exploração dos sentimentos e motivações (que o nosso primeiro filme tinha lidado com tanta mestria) e a lista vai por aí adiante assim que virem este filme.
A história, ela, chega a ser rídicula: Shuya - vencedor do primeiro Battle Royale - torna-se um terrorista que declara guerra contra os adultos. Assim, o governo torna-se ainda mais repressor contra a juventude e faz outra espécie de programa. Um programa de treino de guerra contra os terroristas. Veja-se como as mortes e o próprio programa perde toda a força metafórica: aqui, mata-se porque se tem de matar; porque pensava-se que 42 alunos morrendo a cada minuto daria, pelo menos, divertimento ao espectador. Ora é angustiante observar como um filme tão bom e filosoficamente interessante se transforma, de um momento para o outro, num filme sedento de sangue e violência para entreter.
No final, Battle Royale II faz-nos lembrar os filmes típicos de Hong Kong, e não pelas melhores razões. Tentando entreter a tudo custo uma audiência canssada de acção, fornecendo no fim uma moral tirada à pressa no meio da anarquia das representações desorganizadas e da narrativa ínsipida.

Nota: 0/5

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