domingo, 14 de outubro de 2007

Dragon Ball


Titulo Original: Doragon Bôru
Titulo Português: Dragon Ball
Criado por: Akira Toriyama
Actores (Versão Portuguesa): Henrique Feist, Cristina Cavalinhos, Isabel Figueiredo, António Semedo, Ricardo Spinola
Data (Original Japonesa): 1986-1989
(Portuguesa): 1996-1999
País de Origem: Japão
Duração: 20 mins (aprox)
M/6Q
Cor e Som


Que outra série conseguiu ter tanto sucesso em todo o Mundo senão esta. Que outra série marcou de tal maneira os jovens, e não só, ao ponto de qualquer licença Dragon Ball ser sinónimo de sucesso imediato. Quem diria que ao fim de 10 anos esta seria uma série que continuaria ainda e sempre a ser transmitida ininterruptamente e de forma ciclica na televisão? Desta forma, como homenagem a esta série e a toda a rapaziada que, como eu, cresceu e respirou Dragon Ball, vou tentar deixar um breve apontamento acerca da primeira das três séries Dragon Ball (que ainda na semana passada recomeçou a ser transmitida). Aquela que é, sem dúvida, a melhor. E como os fans desta série tanto gostam, é óbvio que atentarei à versão portuguesa e às suas lendárias vozes.
O enredo todos o conhecem. Songoku é um pequeno rapazinho com cauda de macaco que vive sozinho nas montanhas até ao dia em que conhece Bulma, uma rapariga adolescente que lhe revela a lenda das sete bolas de cristal: existem 7 espalhadas em todo o Mundo, cada uma delas com um numero de estrelas diferente, e quem as conseguir reunir a todas poderá pedir qualquer desejo. E assim Songoku (Henrique Feist) e Bulma (Cristina Cavalinhos) partem juntos em busca destas lendárias bolas. Só esta premissa bastaria para chamar a atenção, mas o melhor desta série não é esta demanda, mas os imortalizados combates e as diversas personagens, cada uma mais bizarra que a outra: personagens como o primeiro vilão Pilaf, o porco que se transforma e principalmente o lendário tartaruga genial. Estas personagens a par de inúmeros guerreiros, amigos e inimigos de Songoku, como Yamcha, Krillin e Tenshinhan, e o exército da legião vermelha (Capitão Blue, etc), bem como o vilão Coraçãozinho de Satã ou Taopaipai.
Ora bem, depois desta primeira busca pelas bolas de cristal, Songoku inicia um intensivo treino de artes marciais com o seu mestre Tartaruga Genial, o velho pervertido, com vista a participar no campeonato mundial de artes marciais. E é neste treino que se dá inicio a todas as incríveis batalhas a que a série nos habituou.
Comparado a Dragon Ball Z e GT a primeira série, muito diferente, apresenta-se superior por diversas razões. Em primeiro lugar as doses industriais de humor, que contribuem com certeza para metade do sucesso, sendo a outra metade destinada à acção. Esse humor é tão caricato, por vezes até adulto (apesar das criancinhas não perceberem) que enche a barriga a qualquer um. Outro factor que há a ter em conta, desta vez para os portugueses, é a fantástica dobragem de que Dragon Ball foi alvo cá por estas bandas. Apesar de serem apenas 5 actores a tomar conta do enorme elenco, a forma pela qual as vozes foram escolhidas para as personagens não poderia ser melhor. Todas sem excepção assentam a personagem que nem uma luva. E depois temos os inúmeros improvisos feitos por estes actores portugueses que muitas vezes transmitem para a série realidades do quotidiano português, como referências ao Big Show Sic ou até mesmo a figuras públicas como Herman José ou Lúcia Piloto, a cabeleireira.
Enfim, as interminávéis batalhas pelo bem são o ponto pelo qual a série é realmentente conhecida. Songoku e os seus amigos passam por todas as situações possíveis e imáginárias, desde aventurar-se num velho covil de piratas cheio de ossadas no fundo do mar, até subir por uma torre infinitamente alta para treinar artes marciais com... Deus!. Estas e muitas outras situações deverão ser o suficiente para alimentar o universo fantástico de qualquer pessoa.
A banda sonora é outra que fica no ouvido. Aliás ainda hoje não são poucos os jovens que tentam sacar da internet as suas músicas favoritas que acompanhavam estas batalhas.
Enfim, uma série única, a melhor de animação jamais feita e que inspirou tantas, tantas outras. Acompanhou gerações e ainda hoje dá cartas. E verdade seja dita, com Dragon Ball uma vez fan, para sempre fan. Não aconselho a ver simplesmente porque toda a gente já viu.

Nota: 5/5

Outras Notas:
Miguel Patrício: 5/5
Pedro Mourão-Ferreira: 5/5
Azevedo: 5/5
RMC: 5/5

3 comentários:

Pedro Mourão-Ferreira disse...

A série mais vista pela geração de 89.

Nuno Martins Neves disse...

Bom dia caro Phantom Limb,

Chamo-me Nuno Neves e sou o responsável pela revista que vai acompanhar a edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, o CINANIMA 07. Neste âmbito, estou a realizar um artigo eonde relaciono o festival, o cinema de animação e os blogs portugueses. O meu objectivo é descobrir como é que a blogosfera vê o CINANIMA, se considera um evento que traz efeitos positivos, etc etc. Caso estejam disponíveis, gostava de vos ter no artigo. Pedia-vos que me dessem uma resposta o quanto antes. Aqui ficam os contactos:

e-mail: nunomartinsneves@gmail.com

Os melhores cumprimentos,
Nuno Neves

Anónimo disse...

Não é só a série mais vista de 89, mas a série mais vista em Portugal desde sempre. Ainda hoje, vêm-se episódios de DragonBall na televisão portuguesa.