quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Brokeback Mountain

Título Original: Brokeback Mountain
Título em Portugês: O segredo de Brokeback Mountain
Realizado por: Ang Lee
Actores: Heath Ledger, Jake Gyllenhaal
Data:2005
País de Origem: Estados-Unidos
Duração: 134 min.
M/16
Cor, Som










Aqui apresento o filme polémico galardoado com o leão de Ouro em Veneza e três óscares - dois deles pela magnífica fotografia e apaixonante música.
Realizado por Ang lee, realizador chinês já demasiado conhecido por Wo hu cang long (O Tigre e o Dragão) ou - por esse filho maldito que foi - Hulk. Brokeback Mountain é um filme diferente de todos os outros feitos pelo realizador. É um filme que quer impressionar, que quer chocar a sensibilidade do espectador querendo almejar a compreensão e a compaixão deste, mesmo depois de o ter deixado sem nada para se agarrar. Nada de moralmente ou sociavelmente aceite, como é uma relação homosexual nascida da solidão e desconcerto de dois homens carentes e necessitados - quanto a este tema veja-se o semelhante tratamento num outro filme de 1999 de Nagisa Oshima, Gohatto.
Começa o filme com a procura de um trabalho por parte de Ennis del Mar, um cowboy, que terá de conviver com o seu novo colega de trabalho - como guardador de rebanhos -, o misterioso Jack Twist. A solidão por entre as montanhas e o grandioso cenário, ora agreste, ora doce vai aproximar cada vez mais estes dois homens que partilham ali as suas histórias e as suas vivências. Aqui, a componente sexual começa a desenvolver-se de uma forma bizarra: é sempre Jack Twist que se mostra mais carente, menos seguro, mais necessitado. Pronto a levar Ennis numa viagem por entre as relações proíbidas e censuradas pela sociedade conservadora americana. Este filme tem o impacto na nossa sociedade aberta como teve nos anos 70 um Ultimo tango a Parigi de Bertolucci ou um Ai no corrida (Império dos sentidos) de Nagisa Oshima.
A sexualidade homosexual é assumida neste filme como barreira a ultrapassar, veja-se a cena na cabana em que os preconceitos são abatidos e o convencional anestesiado com uma dose forte de amor aparentemente bizarro.
Depois de esse tempo juntos, a moralidade chama Ennis, que pretende separar-se de Jack, e nunca mais se lembrar de nada do que se passou. Influenciado por todos os preconceitos, decide casar-se com uma mulher o mais rapidamente possível. E mesmo depois de tudo, a necessidade de se aventurar leva-o a destruir a família e a seguir pelo não cumprimento de regras da nossa sociedade. Mas o amor (mesmo que estranho para nós) passa todas as regras e desafia qualquer dogma.
Jack, ao contrário de Ennis, entra num misterioso mundo de homosexualidade depravada - veja-se a sua ida aos prostitutos -, paralelo existente com a malícia do samurai anjo-demónio de Gohatto, levando-o quase à loucura e desejo exacerbado da volúpia.
A história rebenta com todas as fronteiras, quando no final - e note-se o auxílio da música que vai imprimindo uma acção dramática cada vez mais forte e triste - Ennis, já velho, faz uma introspecção da sua vida, e das consequências do medo e do ódio que levaram Jack a ser morto friamente por um grupo de aldeões em fúria.
Para finalizar, saliente-se e congratule-se a prestação (e a coragem) dos dois actores principais, em dar a cara neste filme tão contorverso e censurado. Quanto a Ang lee os parabéns pela realização e fotografia ritmadas pela música solitária e melancólica de harmónica que resulta numa experiência cinematográfica complexa e fantástica.

Nota: 3/5

Outras Notas:
Azevedo:

3 comentários:

Anónimo disse...

ehehe até ja comentam o filme dos cowboys rotos

Anónimo disse...

olaaa!! bem o blog ta excelente mesmo mts parabens =) gostei mt =) vinha também fazer uma sugestão: Match Point do Woody Allen =) é um filme mt bom e vcs sao criticos a medida! =) beijinhos

Anónimo disse...

n concordo com a nota que lhe dao, o filme carece de ritmo e argumento.