quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Shinya Tsukamoto

Nome: Shinya Tsukamoto
Profissão:Realizador, Actor, Argumentista
Data de Nascimento: 1 Janeiro de 1960
Naturalidade: Japão
Filmografia:
Futsu saizu no kaijin (1986)
Denchu Kozo no boken (1987)
Tetsuo (1989)
Yokoi Hanta - Hiruko (1990)
Tetsuo II: Body Harmer (1992)
Tokyo Fist (1995)
Bullet Ballet (1998)
Sôseiji (1999)
Rokugatsu no hebi (2002)
Vital (2004)
Haze (2005)
Akumu Tantei (2006)


Shinya Tsukamoto, supra-sumus do cinema moderno de horror, é o mais influente realizador da violência bizarra absurda e das cenas mais chocantes e provocativas. Discípulo de Lynch e Cronenberg e mestre de Aronofsky, Jan Kounen e Takashi Miike, Tsukamoto sempre manteve o mesmo estilo desde Tetsuo - sua primeira dita obra prima -: os planos longos e inesperados, a força das situações mais perturbantes e os movimentos de câmara bruscos e repentinos.
Se em Tetsuo, em Yokoi Hanta - Hiruko (Hiruko o Goblin) e em Tetsuo II reinava, por vezes, um marasmo estilistico, uma confusão gráfica e demasiados atrevimentos experimentais, nas suas seguintes películas como Tokyo Fist, Bullet Ballet ou Sôseji (Gemini) representa-se uma maturidade complexa donde não se perde o carácter provocativo das obras anteriores.
A violência e a sexualidade gráfica exageradamente ordinária são uma marca de Tsukamoto, porém também são as aberrações alienadas, os fetiches monstruosos e a procura pela morte e pela vingança símbolos da representação do lado negro da psíque humana, da idade moderna tecnocrata e da industrialização e computurização das mentes. Neste aspecto veja-se a depravação das fantasias contempóraneas de Tetsuo I e II, o tratamento cínico e satírico da virilidade dos homens e da submissão das mulheres de Tokyo Fist, a dictomia nobre e pobre de Sôseji, a repressão sexual de Rokugatsu no hebi (Uma Serpente em Junho) e o horror extremado como teste das capacidades humanas de Vital e Haze.
Tsukamoto não é um realizador de filmes de terror. No meio da sua cinematografia só poderiamos apontar um filme puro deste género: Yokoi Hanta - Hiruko, que também é o seu pior filme. Shinya, antes, executa filmes extremamente bizarros, fotograficamente e imageticamente perfeitos - e altamente seguidos - donde a perversidade das narrativas representam um tudo - uma sociedade doente, tarada conduzindo no caminho da auto-destruição: pois as próprias personagens dos filmes de Tsukamoto acabam exactamente no meio das chamas do terror, do instinto e das anomalias alienadas pela morte.