sexta-feira, 6 de abril de 2007

300

Titulo Original: 300
Titulo Português:
300
Realizado por:
Zack Snyder
Actores:
Gerald Butler, Lena Headey, Dominic West, Vincent Reagan, Rodrigo Santoro
Data:
2006
País de Origem:
Estados Unidos
Duração:
117 mins
M/16Q

Cor e Som






Foi com muita hesitação que me propus a criticar este filme. 300, é o filme cuja crítica fará pouco o nenhum sentido, visto que é um filme de que pouco ou nada servirá criticar ou comentar, 300 é para ser visto, não só para ser visto, é para ser visto numa imponente sala de cinema com a perfeição de imagem e som que esta nos oferece.
Inspirado na obra de Frank Miller, autor de Sin City, 300 traz-nos a história do famoso rei de Esparta Leonidas, e da sua louca investida contra o gigante e temível exercito persa levando a seu lado, apenas 300 homens, os 300 melhores soldados de Esparta.
Todo o enredo se baseia nesta premissa, mas o espectáculo de 300, está na apresentação desta premissa, 300 atingiu a perfeição da imagem, o uso do digital no seu estado máximo, esforçando-se para ser fiel á obre de Frank Miller.
No enredo a situação altera-se diferindo muito do que nos mostra a BD americana.
Contudo, apesar de os diálogos serem limitados, conseguem o seu objectivo, passar mensagens rápidas e directas, e arrancar sorrisos, não há em 300, os grandes discursos próprios dos filmes “épicos”, mas também não se dá pela ausência deles.
É óbvio que detectamos em 300 alguns modelos de Hollywood, que com certeza terão relação directa com Zack Snyder, o realizador.
Refiro-me ao cuidado escultural como são apresentados os corpos espartanos, ao ponto de estarem digitalmente editados, oferecendo a loucura a diversas adolescentes, a perfeição espartana, em contraste com a imperfeição Persa, onde todos são cuidadosamente editados para parecerem feios, foi prontamente associada por diversos críticos, a uma alegoria para a perfeição celestial em que se colocam os EUA em relação aos persas, correspondentes a todo o médio oriente. Indo alguns críticos mais longe, acusando 300 de ser uma campanha pró-bélica justificando uma possível intervenção militar no Irão.
Obviamente discordo categoricamente destas abordagens, penso que é um esforço em vão, procurar qualquer tipo de mensagem neste filme, a perfeição espartana é um mito desde sempre explorado a vários níveis, e uma constante da mitologia antiga. Já a fealdade dos persas, qualquer mínimo conhecedor de Frank Miller, sabe também como é habitual nas obras deste autor que os personagens do lado do mal, contenham esse mal também no seu aspecto físico. Por isso 300 a meu ver, é uma autentica orgia de violência e cores, associando a si uma realização exímia e uma edição digital perfeita, conseguindo assim, encher-nos com a sua imagem.

Nota:

Outras Notas:
Pedro Mourão-Ferreira: 3/5
David Bernardino: 1/5

9 comentários:

Anónimo disse...

epah o nimal escreveu! ganda escritadela pah!

Anónimo disse...

THIS IS SPARTA

monstros disse...

mas kaganda filmão!

Anónimo disse...

300 é lindo!!

Anónimo disse...

Prepare to Glory

Anónimo disse...

O filme mais sobrevalorizado do ano...Cheio de falas dramaticas que assentam qualquer filme tipico de acçao hollyowoodesca. A violencia cumpre a sua funçao no filme juntamente com a excelente imagem. Quanto ao contraste Espartanos - Persas, nao podia estar mais de acordo com os criticos, o exercito persa e completamente feito de maneira a parecer o centro do mal no mundo, enquanto que os espartanos orgulhosos e zelosos pelas suas terras e familias sao tao perfeito, enfim... 5/10 pelo aspecto tecnico

David Bernardino disse...

infelizmente ou felizmente acabo por concordar com o último anónimo. gostaria apenas de adicionar que apesar de a imagem do filme ser muito boa, nao podemos dizer que 300 é um bom filme só por isso. 300 tenta, para além de ser um filme so de ramboia, dar uma noçao historica dos acontecimentos, o que acaba por nao conseguir fazer. e se nao consegue faze lo, nao o faça. refiro me concretamente ao acompanhamento dakilo que se passa em esparta com a rainha, mulher de leonidas, quanto a opiniao do senado acerca desta guerra esparta vs persia. este acompanhamente é completamente superfulo, ja que o que realmente interessa em 300 e a "porrada" e o estilo, e nao noçoes historicas. um filme onde podemos ver issso excepcionalmente bem feito é por exemplo smokin aces. para alem disso quando vemos 300 pensamos varias vezes "onde e que eu ja vi isto?". a resposta é gladiador, troia e ate senhor dos aneis. em suma, mais uma vez o pretensiosismo afunda 300, que seria perfeito se fosse um filme so de ramboia e nao tentasse ser sentimentalista e historico. quanto aos actores nao existe mesmo nada de relevante a dizer. como diz o anonimo 5/10 pelo aspecto tecnico

Rmc disse...

para o anónimo que insiste na teoria da discriminação presente entre as personagens, eu volto a recomendar uma vista de olhos pelas obras de Frank Miller, por exemplo em Elektra, Sin City, ou mesmo The Spirit.Ao estilo clássico das comics americanas, o autor diferencia o lado do bem e do mal, e reforça isso na aparência das personagens.
Quando ao meu colega e amigo David devo alertá-lo que no seu argumento sobre as noções históricas, incorreu dramaticamente na falácia da petição de principio, ora vejamos, David afirma, que o filme falha a dar as noções históricas, depois afirma que o acompanhamento da assembleia espartana é superfulo visto que o que interessa é a "porrada" e não as noções históricas, ou seja a conclusão é o filme falha a dar as conclusões históricas porque não as devia dar porque elas são superfulas!Era isto que querias dizer caro colega??
Por fim, o sentimento de Dejá vu, que te afecta, é o chamado Dejá Vu míope, porque as pretensões de filmes como Troia ou Gladiador, são muito diferentes de 300, como exemplo posso dar-te a minha querdia mãe, que afirma categoricamente: "eu gosto de filmes épicos e históricos", adorou troia, adorou senhor dos aneis, gostou bastante do gladiador, e odiou 300, repugnando a sua violência.
300, é um filme comercial, que contudo se destina a um público específico, ao bom estilo de Miller.

David Bernardino disse...

mais de 3 anos depois vim aqui ver isto e não quis deixar que se pensasse que RMC através da total distorção dos meus argumentos, que aparentemente são a sua única forma de contra-argumentação (hotel rwanda, babel), me teria convencido do que quer que fosse. Não existe nenhuma petição de principio como tao prontamente afirma, tentando ridicularizar os meus argumentos. Ao invés disso devias apresentar os teus e não distorcer os meus. O que eu disse foi que a intenção de 300 é ser um filme ramboia e não um filme histórico. Ao tentar dar noções históricas falha completamente pois a intenção do filme não é essa, e ao tentar faze-lo, fá-lo de forma desinteressante, supérfula e sobre-dramática. Daí o seu pretenciosismo. Espero que hajam aqui mais petições de principio ou quiçá bolas de neve pro meu amigo rafael se entreter um bocadinho. Decerto qualquer leitor perceberá o que quis dizer sem necessidade de distorcer os meus argumentos. As "noções históricas" são desnecessárias sim, LOGO o filme não as devia dar. Espero que tenha ficado claro. Em 2013 deixo um desenho a ilustrar. bom natal