segunda-feira, 5 de março de 2007

Chicago

Título Original: Chicago, The Musical
Título em Português: Chicago
Realizado por: Rob Marshall
Actores: Richard Gere, Catherine Zeta-Jones, Renée Zellweger, Queen Latifah
Data: 2002
País de Origem: Estados Unidos, Alemanha
Duração: 113 minutos
M/12Q
Cor, Som









A história deste filme, no seu estado bruto, até é simples e normal. Roxie Hart é uma mulher que deseja entrar no “showbiz” do cabaret. É presa por assassinar o seu amante, após discutir com ele, supostamente por a usar e não ligar aos seus pedidos para ser apresentada a pessoas que fizessem com que ela subisse na vida, trabalhando a dançar. A polícia descobre, ela vai para a prisão, onde descobre e convive com muitas mulheres na mesma situação que ela: presas por terem morto um homem com quem tinham alguma relação amorosa ou sexual. Entre elas está Velma Kelly, que estava no mundo musical, aquele que Roxie tanto deseja, até ter sido presa, e Mama (Miss Morton), que manda naquele grupo de mulheres, assim dizendo. Cá fora, Amos, o marido de Hart, sempre fiel ao amor da sua vida, contrata um advogado que nunca perdeu um caso deste género e que lhe pede uma quantia que este de início não consegue pagar totalmente – Billy Flynn. Este, “tocado” pela fidelidade do marido de Roxie, aceita ficar com o caso. A partir daqui assistimos ao espectáculo que é a paródia à volta de Roxie, cujo julgamento se aproxima e para o qual ela e o famoso advogado preparam um teatro exaustivo para salvar a bonita aspirante a dançarina do enforcamento.
Quanto à história, não posso nem devo dizer mais nada, porque o que de mais atractivo tem o filme é ser um espectáculo dos tempos modernos. Cada acontecimento é parte de um musical enorme e cheio de participantes. Ou seja, á medida que uma nova etapa surge no enredo da história, um número de dança é apresentado ao espectador, feito pelos personagens envolvidos. A maneira como estes números são apresentados é muito interessante, tendo sempre uma discreta referência ao estatuto das personagens na história ou mesmo ás ligações entre elas. Penso que tenha dado particular trabalho treinar todos os actores para o melhor desempenho possível nos números musicais que estes desempenharam. Eu que não estava habituado a vê-los actuar desta forma única que são os musicais, fiquei surpreendido pelo brilhante performance dos personagens, não só pelos passos de dança, como pela exibição dos dotes musicais de canto que cada um evidenciou. O facto dos cenários sobre os quais se passa todo o filme serem um palco também confere outra atmosfera, transformando o que poderia ser pesado e maçudo num filme bem disposto e alegre, apesar dos temas tratados. Em nenhum momento o filme se considera pesado. Eu, que não aprecio musicais, gostei do filme, e acreditem que é um musical como nunca nenhum de nós imaginou.

Nota: 3/5

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