segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford

Título Original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Título Português: O Assassinato de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford
Realizado por: Andrew Dominik
Actores: Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Rockwell, Jeremy Renner, Paul Schneider, Garret Dilahunt, Mary Louise Parker
Data: 2007
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 160 mins
M/12Q
Cor e Som








A vida e morte do famoso bandido do Oeste Jesse James foi ao longo de toda a existência da sétima arte um tema recorrente, uma história tanto romantizada como rudificada por diversos ralizadores, a começar pelo próprio filho de Jesse James que em Jesse James Under the Black Flag de 1921 interpreta e cria a história de seu pai, das suas aventuras e seus amores, pelos olhos de um filho que ouviu a bala que matou o seu pai pelas costas aos 7 anos. Em 2003 Brad Pitt começa os trabalhos de investigação acerca da verdadeira história nunca perfeitamente contada da vida do bandido. O Assassinato de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford é uma obra prima visual, narrativa, musical e interpretativa, e produto culminar duma produção meticulosa de vários anos que resultou numa película de mais de 4 horas, que teve posteriormente de ser editada para uma duraação, diga-se, racional para o comércio dos dias de hoje. Infelizmente e apesar de ser tudo isso, este é mais um daqueles filmes que o público casual não irá ver. Bem, irá ver já que diz Brad Pitt no cartaz, mas quando sair dirá "que grande seca". Se não estivermos preparados para aquilo que vamos ver, O Assassinato de Jesse James torna-se num filme extremamente aborrecido, ele deve ser apreciado, mastigado e não somente visto. A narrativa gira em torno de Jesse James (Brad Pitt) e de Robert Ford (Casey Affleck). O segundo é um seu admirador que quer a todo o custo juntar-se à pandilha do bandido, da qual já faz parte Charley Ford, seu irmão (Sam Rockwell). Ao longo das três horas de filme a relação entre estes dois vai evoluindo, tal como os conflitos internos do gang de James, até chegarmos ao clímax que dá nome ao filme. Logo após a primeira cena o que salta à vista é a fotografia. Quadros de paisagens rurais , sempre com um tom predominante, seja ele amarelo dos campos de cultivo secos, ou o branco das montanhas nevadas, ou até o verde acinzentado das povoações. A banda sonora é outro factor delicioso, que vai evoluindo à medida que o narrador nos conta esta trágica história. É uma narrativa velha na essência, com pouco dinamismo, que se limita a contar uma história com toda a vagarez e pormenor dignas de um argumento como este. As interpretações estão também elas fenomenais. Brad Pitt é um bandido frio, sarcástico, inteligente e com acessos de loucura. Dele já esperávamos tudo de bom, mas é quando vemos o trabalho do resto do leque de actores que nos apercebemos do quão este filme é rico, e como ele de facto transmite a noção daquilo que é cinema. Casey Affleck é inseguro, cobarde e ambicioso; todas as personagens do "gang" de Jesse estão incrivelmente trabalhadas e interpretadas. E o que seria isso tudo sem a fabulosa narrativa, construida minuciosamente pela ambição do produtor Brad Pitt para recriar a verdadeira história da morte de Jesse James, e como Robert Ford teve a sua glória e a sua humilhação.
O problema do Assassinato de Jesse James reside, mais uma vez, na sua duração, que ao longo de 160 minutos se torna penosa face ao lento passo a que a história se vai desenvolvendo. Este funciona quase como um filme informativo, ou um documentário sobre o final da vida de Jesse James, e não deve ser visto por quem gosta de cinema como forma de descontração. O Assassinato de Jesse James não é para ser levado dessa forma, mas de uma forma mais sóbria e por quem aprecia realmente o que é o cinema e as suas várias componentes. Resumindo, gostar dele ou não apenas depende das características do espectador.

Nota:

Outras Notas:
Pedro Mourão-Ferreira:
3/5

1 comentário:

Anónimo disse...

eu diria zzz ao filme
e clap (palmas entenda-se) aos actores