segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Lost In Translation

Título Original: Lost In Translation
Título Português: O Amor é um Lugar Estranho
Realizado por: Sofia Coppola
Actores: Bill Murray, Scarlett Johansson
Data: 2003
País de Origem:
Estados Unidos
Duração: 99 minutos
M/12
Cor, Som













"Lost In Translation", o primeiro filme a despertar o meu interesse para o cinema, capta a curiosidade dos espectadores pela sua originalidade. Primeiro, pela utilização constante de cenas sem diálogos, recorrendo-se muito à paisagem. Segundo, pela inserção criativa da banda sonora.

Bob Harris (Bill Murray), actor famoso e casado, é contratado para um anúncio de whiskey em Tokyo, Japão. Charlotte (Scarlett Johansson) é uma recém-casada que acompanha o marido fotógrafo, numa viagem de trabalho na mesma cidade. Na primeira parte do filme nota-se que ambos estão confusos e, por isso, perdidos. Vemos, recorrentemente, uma busca da visão de Charlotte: um olhar perdido em torno da paisagem (Tokyo e Kyoto) tentando encontrar uma resposta aos seus problemas. A música envolve a paisagem, exprimindo os sentimentos de Charlotte. O mesmo acontece com Bob, embora com menos frequência: os sentimentos de Bob são, essencialmente, transmitidos nas situações de comédia em que se vê envolvido e nas que têm grande relevo sentimental. Os diálogos são escassos, mas precisos e exactos. Nesta perspectiva, relacionamos os poucos diálogos com os estados de espírito de Bob e Charlotte: na procura deles próprios. Quando ambos se encontram, começa a construir-se uma relação perfeita e, ao mesmo tempo, estranha e é estranha por ser diferente. Esta amizade é aproveitada pelos dois ao máximo: divertem-se nas ruas de Tokyo, cantam em Karaoke (aqui apercebemo-nos de mensagens de um para o outro, através das canções). Embora a diferença de idades seja grande, para eles pouco significado tem, porque eles complementam-se. Deste modo, a amizade que os une torna-se especial. A última cena de "Lost In Translation" é sublime pelo seu mistério e pela sua beleza: a acção que se desenrola e a música, mutuamente fazem dela uma das melhores cenas de amor do cinema americano e, mesmo, mundial.

Duas pessoas, da mesma nacionalidade, estão num país estrangeiro, sentindo-se perdidos. Por um lado, estão perdidos pelos seus problemas pessoais. Por outro lado, veêm-se confrontados com uma língua estrangeira reforçando, ainda mais, a sensação de estarem num labirinto. Os poucos diálogos, o constante aparecer de paisagens em correlação com a música, fazem com que este filme seja ainda mais belo, transportando de forma eficaz os sentimentos das personagens aos espectadores. Cruzam-se, envolvem-se numa relação especial e diferente, aproveitam ao máximo o tempo passando a falar na mesma língua: a do amor.

"Everyone wants to be found"

Nota: 5/5

Outras Notas:
RMC:
Miguel Patrício: 3/5
David Bernardino: 3/5

1 comentário:

Anónimo disse...

Lost in Translation, na minha opiniao, e um filme delicioso. E digo delicioso pq delicia qq espectador, seja pela trama, pelas imagens, ou pela propria banda sonora.

Apaixona.m a busca por soluçoes aos problemas q na verdade n sao mais do q uma especie de "desconhecimento do eu".

Este filme mostra ao realmente ao espectador q por vezes, para s chegar a um conhecimento d nos mesmos, temos d estar isolados d tudo aquilo q possamos considerar familiar.

Excelente critica, e boa atribuiçao d nota :)