quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

The Black Dahlia

Título Original: The Black Dahlia
Título em Português: A Dália Negra
Realizado por: Brian de Palma
Actores: Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Aaron Eckhart, Hillary Swank, Mia Kirshner
Data: 2006
País de Origem: Estados Unidos / Alemanha
Duração: 121 minutos
M/16
Cor, Som





Brian de Palma transporta-nos para uma Hollywood dos anos 40. Por trás do glamour da indústria cinematográfica e do encanto de uma moderna cidade americana, é nos mostrado uma espécie de submundo de corrupção, de violência e de prostituição, em que certas vezes nem a polícia está imune. É precisamente um desses defensores da lei o personagem principal. Bucky, juntamente com um colega e grande amigo seu, Lee Blanchard, têm em mãos um homicídio de uma aspirante a actriz, que numa solução de recurso para viver, envereda pelo ramo dos filmes para adultos, após alguns castings iniciais. Os dois agentes sabem isso mesmo, após a descoberta e visionamento de alguns filmes que davam conta disso mesmo. O corpo de Elizabeth Short é encontrado num estado indiciador de esquartejamento ou deu qualquer acção com um perfil sádico. Bucky e Lee iniciam a árdua busca pelo assassino, visto que as pistas são fracas e pouco conclusivas.
Numa noite de investigação, Bucky visita um local de entretenimento que atrai público, ao que parece, bissexual, maioritariamente do sexo feminino. Aí conhece Madeleine Linscott, uma mulher nascida em berço de ouro, com quem se envolve física e talvez emocionalmente. Mais filmes vão sendo vistos. Os dois agentes bem procuram pormenores, incansavelmente o fazem, mas este esforço não tem resultados. Deparam-se sempre com meros castings, em que a vitima demonstra as suas capacidades de representação. A única coisa de merecedor destaque é a relação entre o realizador, que fala por trás da câmara, e a jovem Elizabeth, que vai evoluindo, havendo cada vez mais à vontade entre os dois, mas ao mesmo tempo havendo por vezes um certo “flirt” entre eles. Madeleine é interrogada por Bucky sobre eventuais conhecimentos sobre rapariga morta mas esta não sabe de nada. Num outro plano temos o triângulo formado por Lee, Bucky e Kay Lake, uma ex prostituta que é a actual companheira de Lee. Os três são grandes amigos. Mas não percebemos até que ponto Miss Lake e Bucky são amigos.
Numa recaída, Miss Linscott confessa a Bucky ter conhecido Elizabeth, através de uma mulher que trabalhava com esta quando entrou em filmes para adultos. E pelos vistos, foi mais de uma vez que estiveram juntas. O agente procura de imediato as ligações de Miss Short que Madeleine lhe falara, e a investigação ganha um novo fôlego. As más notícias também surgem, quando Bucky começa a perceber que a possibilidade de todos à sua volta estarem envolvidos é plausível. Assistiremos aqui a uma série de reviravoltas no enredo, sucedidas a uma velocidade tão rápida que eu, pessoalmente, mal consegui acompanhar os novos dados que os agentes descobriam. Novas personagens entram em jogo, novas variantes, a natureza do submundo a ser totalmente exposta. E um surpreendente final.
A atmosfera dos anos 40 criada para esta película está bem conseguida, o ambiente em torno de Hollywood, juntamente com a dureza típica da sociedade americana. Scarlett Johansson prova que não é pela beleza que está no cinema. A maneira como faz este papel é brilhante, como já nos habituou, assim como Hillary Swank, que interpreta uma personagem completamente antagónica à de Million Dollar Baby, e bem. Para compreender totalmente este filme, há que vê-lo uma segunda vez, dada a complexidade do enredo.

Nota: 3/5

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