domingo, 11 de outubro de 2009

Resident Evil: Extinction

Título Original: Resident Evil: Extinction
Título em Português: Resident Evil 3: A Extinção
Realizado por: Russell Mulcahy
Actores: Milla Jovovich, Oded Fehr, Ali Carter, Iain Glen, Ashanti, Mike Epps, Jason O’Mara, Matthew Marsden
Data: 2007
País de Origem: EUA
Duração: 90min.
M/16
Cor, Som









Com o lançamento do quinto jogo da saga Resident Evil (Biohazard), pensei que seria interessante analisar a última entrega dos filmes com base na mesma saga. Como é possível pegar numa história como a de Resident Evil e passar para um filme que faz um elogio à mediocridade? Milla Jovovich continua com o seu papel de Alice, a maior fantochada de todos os tempos, o maior gozo que se pode fazer a uma história destas. Não tirando o mérito que Milla tem, e confesso que até aprecio alguns filmes dela, isto é uma palhaçada que vai desde a invenção de personagens até ao facto de não seguir a história ou ser minimamente fiel à mesma.
Neste terceiro filme, o vírus T está totalmente disseminado pelo mundo, onde apenas alguns sobreviventes restam, e onde Claire Redfield, juntamente com Carlos Olivera conduz um grupo de sobreviventes pelas desoladas estradas do continente Americano. Mas para melhor percebemos o porquê desta desgraça de produção cinematográfica voltamos atrás, mais concretamente ao primeiro filme, que é o que ainda se aproxima mais do jogo ou então o que tenta pelo menos captar o espírito do jogo, aquela sensação de que não existe nenhum sitio para fugir e os planos da câmara são estrategicamente pensados para dar esta sensação de claustrofobia. O segundo filme serve como uma introdução para este terceiro pelo facto de tentar já abranger uma faixa etária maior e tentar uma maior projecção, mas sinceramente o filme não passa de umas quantas acrobacias de Alice e Olivera que tentam em vão esconder as enormes deficiências do filme. Nem mesmo a entrada de Jill Valentine conseguiu dar um empurrão ao filme ou pelo menos um maior sentido de responsabilidade para com a história. Em relação ao primeiro, este terceiro filme está num nível muito diferente, não de qualidade de realização, mas sim de meios e tenta uma maior comercialização. Tenta abranger um público maior mas sinceramente só conseguiram afastar as pessoas que ainda tinham esperança de ver algo digno.
A realidade é que ainda se espera um verdadeiro filme de Resident Evil, um verdadeiro elogio ao jogo e não uma simples mediocridade que serve para encher os bolsos aos amigos e para manter as relações de primalhada seguras. O que seria verdadeiramente interessante, era um filme do primeiro jogo para finalmente termos algo digno de ser visto, não uma reles produção mas sim algo serio com o compromisso e responsabilidade de não poder deixar ficar mal uma história com demasiada importância e estatuto.

Nota: 0/5


Outras Notas :
David Bernardino : 0/5
Pedro Mourão-Ferreira: 1/5

8 comentários:

Dj Descartes disse...

eu tava na fnac e reparei num filme chamado Resindent Evil Degeneration, um filme feito por computador usando personagens do jogo que nao aparecem em outros filmes ( Leon é um exemplo ). Gostaria de o comprar ate pelos extras que traz mas desconheço se sera um bom filme. Se alguem deste blog já o viu poderia fazer a sua critica?

Abraço.

Pedro Silva disse...
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Cachopo disse...

Não considero o filme uma obra prima mas 0 estrelas parece-me um pouco exagerado...

Pedro Mourão-Ferreira disse...

Este filme é mau, sem dúvida, mas faz o seu objectivo. Não é suposto ser um filme do outro mundo, é suposto ser o que é, uma história recontada milhares de vezes, clichés atrás de clichés, basicamente um filme hollywoodesco. É mau, mas não é nenhum Dragonball Evolution.

PS: fazer um filme baseado numa série de videojogos, nunca dá bom resultado. Aliás, a razão pela qual existem estes filmes é com o intuitivo primário de ganhar dinheiro, porque sabem que as pessoas vão sempre ver estas "obras".

Pedro Silva disse...

Obrigado pela opinião Mourão e concordo com o que dizes. Sem dúvida que é um filme para fazer dinheiro, mas esta critica serve tambem como um alerta para o que acontece, para o facto de as pessoas (in)conscientemente irem ver estas "obras", estes nadas do cinema que só servem para iludir, entreter e manipular as pessoas. Penso que o objectivo foi esgotado logo no primeiro filme, e acho errado estes filmes continuarem a ter financiamento.

cachopo disse...

ha pessoas que so querem ir ao cinema para se entreter.. que só querem esquecer o resto, claro que há filmes melhores que entretem, nao ponho isso em causa, mas este filme não parece o melhor exemplo para usar nessa tua causa de alertar as pessoas. há filmes que, sem quererem entreter as pessoas, tentam passar uma mensagem, que muitas vezes nao passam, por incompetencia, por um ego extremo talvez das pessoas envolvidas, ou por ignorancia minha, quem sabe? e que são também financiados! pior! não são financiados por estudios que vão ou não lucrar com ele, mas pelo estado...

cachopo disse...

só mais uma coisa, se o filme realmente ilude as pessoas é porque afinal não está assim tão mal feito...

Pedro Silva disse...

Boa noite. Eu usei este filme porque quando o vi achei que era o limite para tamanha incompetencia de produção. Claro que não é o melhor filme para a "causa", reconheço que tens toda a razão neste ponto, mas até agora foi o único que comentei que se desse a esse proposito. Mas em breve irei utilizar outro filme, mais conhecido para tal. Concordo plenamente e sublinho o facto de ser o Estado a financiar alguns filmes fantoche, sabendo que não servirão de nada. Esse é um dos grandes males da industira actual, principalmente dos filmes que surgem de hollywood como se fossem obras primas da sétima-arte.
A questão do iludir foi num sentido muito mais "transcendente" lol que seria um bocado extenso para estar a explicar neste blog. Mas no geral concordo com a opinião e reconheço que não é de facto o melhor filme para se chegar a roupa ao pelo, mas mesmo assim considero um filme realmente muito mau.