sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Match Point

Título Original: Match Point
Título em Português: Match Point
Realizado por: Woody Allen
Actores: Brian Cox, Scarlett Johansson, Jonathan Rhys Meyers
Data:2005
País de Origem:Reino Unido/Estados-Unidos/Luxemburgo
Duração:124 min.
M/12Q
Cor,Som








Penso que não faria sentido acabar o ano sem que estivesse aqui no blog a crítica a este filme de Woody Allen. Até porque o elegi como melhor do ano. Por isso, aqui está ela, antes de 2007.
Chris Wilton é um ex-jogador de ténis, que se torna instrutor e que dá aulas a Tom Hewitt, membro de uma família rica inglesa. Chris aproxima-se de Tom, ficando estes bons amigos. Ao tornar-se um bom amigo de Tom, Chris vê o seu nível social subir e conhece os membros da família de Hewitt. Um deles é Chloe, irmã de Tom, que se apaixona por Chris, enquanto este não sente algo assim tão forte por ela. Wilton também conhece Nola Rice, que namora com o seu amigo Tom. A partir do momento em que a conhece, esta torna-se uma obsessão para o instrutor. Chris mantém a relação com Chloe, contudo a irmã de Tom até sente que a vontade de Chris estar com ela baixa consideravelmente, facto até um pouco confirmado por Chloe não conseguir engravidar. A partir deste momento do filme, assistimos à obsessão em torno de Nola por parte do personagem principal, até ao momento em que a relação entre os dois se torna recíproca. Nola e Chris vão protagonizando encontros furtivos, mas este não abdica da relação com Chloe e da boa relação com a família dela e de Tom, ao contrário de Nola, que dadas as suas diferenças em relação a esta família quase aristocrática, não conseguia conviver com os seus sogros sem haver uma certa tensão.
A partir do momento em que a situação se torna insuportável e Chris percebe que as coisas com Nola não podem continuar da mesma forma, este toma uma decisão irreversível e radical, sendo este o momento chave do filme, juntamente com a força que ganha o enredo após esta tomada de posição. É bastante inesperado o que se sucede, até parece um pouco desenquadrado para o tipo de filme a que se assistia até a essa altura. Após esse acontecimento, o filme renova-se e a partir daí, entra em jogo a não existência do destino e a importância vital da sorte/azar no percurso das personagens. Arrisco-me a dizer que foi por este final que o filme foi nomeado para o óscar de melhor argumento original.
Quanto á realização, Woody Allen consegue envolver-nos na calma e tranquilidade da alta sociedade inglesa, bem como imprimir uma tonalidade quase carnal á relação entre Chris e Nola, sendo esta união talvez das únicas coisas que rompe com a serenidade do filme. Mas para mim o que mais importante há no filme é a espiral de acontecimentos que se desenvolve em torno do factor “sorte”. E também penso que surge daí o bom enredo deste.

Nota:


Outras Notas:
Pedro Mourão-Ferreira:

RMC:

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