Scent Of A Woman
Título Português: Perfume de Mulher
Realizado por: Martin Brest
Actores: Al Pacino, Chris O'Donnell, James Rebhorn, Philip Seymour Hoffman
Data: 1992
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 157 mins
M/12Q
Cor e Som
Já há algum tempo me haviam recomendado este filme, e recentemente, durante uma troca de ideias acerca de cinema, este filme foi-me mais uma vez referenciado. Tive então a oportunidade de o ver. Digamos que Perfume de mulher tem os seus altos e baixos. Globalmente aquilo que posso dizer sobre ele é que é um filme bonito, simples e interessante.
Um estudante de 17 anos chamado Charles Simms (Chris O'Donnell) é contratado para tomar conta do velho e reformado Coronel Frank Slade (Al Pacino) durante um fim de semana. Slade é cego, rabugento, irascível, inteligente e aprecia os prazeres materiais da vida. Prazeres como a companhia de uma mulher ou a condução de um Ferrari. Charles pensava que este seria um fim-de-semana a aturar um velhote difícil numa casa no campo. No entanto o Coronel tem outros planos: ir a Nova Iorque. Nesta viagem a Nova Iorque, Frank e Charlie aprenderão a ser grandes companheiros. Testemunharemos excelentes episódios: tristes, hilariantes e tocantes. Mais uma vez faltam adjectivos para descrever a prestação de Al Pacino, ele que é, na minha opinião, o melhor actor de Hollywood. Pacino está soberbo. Qualquer actor teria dificuldade em interpretar uma personagem cega cuja personalidade é tão paradoxa. Incrivelmente Pacino fá-lo sem qualquer dificuldade. O jovem Chris O'Donell também é supreendente. Não só interpreta o seu papel na perfeição, como se mostra à vontade ao contracenar com Al Pacino.
Todavia Perfume de Mulher tem os seus pontos negativos. O maior talvez seja a extensa utilização de clichés Hollywoodescos que chegam a cansar. Clichés como o rabugento e impenetrável Coronel ser na realidade sensivel e compreensivo, ou a cena em que diante de todos os alunos do seu colégio Charlie tem um bom dicurso e todos batem palmas ao som de uma música de glória. Clichés como um cego ter o olfacto extremamente apurado ou nalgumas ocasiões o espectador senitr pena dele porque é cego, anti-social e incompreendido. Caberá ao leitor se os consegue ignorar ou não. Eu consigo porque apesar destes pequenos erros Perfume de Mulher proporciona-nos cenas fabulosas e inesquecíveis, tal não é a sua carga cómica, bela ou trágica. Darei três exemplos: A cena em que Slade conduz um Ferrari extremamente excitado. A cena em que Slade dança o tango com uma jovem rapariga que acabou de conhecer. A cena em que Charles questiona Slade sobre a sua vontade de viver.
Gostaria apenas de destacar mais um pormenor que pessoalmente não me agradou, mas que deverá agradar à maioria do público: a banda sonora, que é composta quase na totalidade por uma música que é repetida, irritante e pretenciosa, que procura obrigar o espectador a pensar neste filme como uma coisa poética.
Perfume de Mulher é um excelente filme que só peca pelos já referidos clichés, mas que paralelamente nos oferece situações fabulosas e actuações ainda mais brilhantes.
Um estudante de 17 anos chamado Charles Simms (Chris O'Donnell) é contratado para tomar conta do velho e reformado Coronel Frank Slade (Al Pacino) durante um fim de semana. Slade é cego, rabugento, irascível, inteligente e aprecia os prazeres materiais da vida. Prazeres como a companhia de uma mulher ou a condução de um Ferrari. Charles pensava que este seria um fim-de-semana a aturar um velhote difícil numa casa no campo. No entanto o Coronel tem outros planos: ir a Nova Iorque. Nesta viagem a Nova Iorque, Frank e Charlie aprenderão a ser grandes companheiros. Testemunharemos excelentes episódios: tristes, hilariantes e tocantes. Mais uma vez faltam adjectivos para descrever a prestação de Al Pacino, ele que é, na minha opinião, o melhor actor de Hollywood. Pacino está soberbo. Qualquer actor teria dificuldade em interpretar uma personagem cega cuja personalidade é tão paradoxa. Incrivelmente Pacino fá-lo sem qualquer dificuldade. O jovem Chris O'Donell também é supreendente. Não só interpreta o seu papel na perfeição, como se mostra à vontade ao contracenar com Al Pacino.
Todavia Perfume de Mulher tem os seus pontos negativos. O maior talvez seja a extensa utilização de clichés Hollywoodescos que chegam a cansar. Clichés como o rabugento e impenetrável Coronel ser na realidade sensivel e compreensivo, ou a cena em que diante de todos os alunos do seu colégio Charlie tem um bom dicurso e todos batem palmas ao som de uma música de glória. Clichés como um cego ter o olfacto extremamente apurado ou nalgumas ocasiões o espectador senitr pena dele porque é cego, anti-social e incompreendido. Caberá ao leitor se os consegue ignorar ou não. Eu consigo porque apesar destes pequenos erros Perfume de Mulher proporciona-nos cenas fabulosas e inesquecíveis, tal não é a sua carga cómica, bela ou trágica. Darei três exemplos: A cena em que Slade conduz um Ferrari extremamente excitado. A cena em que Slade dança o tango com uma jovem rapariga que acabou de conhecer. A cena em que Charles questiona Slade sobre a sua vontade de viver.
Gostaria apenas de destacar mais um pormenor que pessoalmente não me agradou, mas que deverá agradar à maioria do público: a banda sonora, que é composta quase na totalidade por uma música que é repetida, irritante e pretenciosa, que procura obrigar o espectador a pensar neste filme como uma coisa poética.
Perfume de Mulher é um excelente filme que só peca pelos já referidos clichés, mas que paralelamente nos oferece situações fabulosas e actuações ainda mais brilhantes.
Nota:
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