domingo, 10 de dezembro de 2006

Borat

Título original: Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan
Título Português: Borat: Aprender Cultura da América para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão
Realizado por: Larry Charles
Actores: Sacha Baron Cohen, Ken Davitian
Data: 2006
Pais de Origem: Estados Unidos
Duração: 82 min
M/16
Cor, Som





Humor polémico é o que melhor descreve esta aventura de Borat Sagdiyev, interpretado por Sacha Cohen, pelos Estados Unidos. A história em si é bastante linear: Borat apaixona-se por Pamela Anderson e atravessa os “U. S. and A.” em busca desta. Mas se tivermos em conta o individuo frontal, simples, machista, patriótico e anti-judeu que é o nosso amigo cazaque, o filme ganha outra dimensão.
O filme é constituído por duas vertentes, não tão distintas como isso: a vertente de confronto com transeuntes ocasionais em relação ao percurso de Sagdiyev e de seu produtor, Azamat, e a vertente de eventos marcados previamente, como entrevistas, jantares, encontros sociais, etc. Na primeira, a reacção dos que passam aos actos inesperados do personagem principal é hilariante, podendo ser brusca ou então de paciência e boa disposição. Quanto à segunda, Borat despeja todos os seus ideais imoralistas, associados aos hábitos da sociedade do seu país natal.
Cohen consegue retratar quase perfeitamente alguém que não tem o modo de vida ocidental enraizado em si e que se tenta adaptar a ele, e é essa adaptação que mais faz rir durante o filme: a tentativa de Borat ser aceite pelos ocidentais. O sentido prático deste cidadão do Cazaquistão também é de louvar, sendo que este reage às adversidades que lhe são colocadas, muitas vezes por falta de dinheiro, de forma muito original.
Esta película é a prova de que o humor não deve ter limites. O repórter joga com os aspectos mais sensíveis do mundo civilizado, usando uma honestidade sem fronteiras. Aliando tudo isto à participação de personagens reais (pessoas que não são contratadas para o filme e cujas reacções são genuínas, face aos acontecimentos, exceptuando Azamat e Luenell, que se torna mulher de Borat), incluindo a brilhante cena com Pamela Anderson, que sofre uma tentativa de rapto do cazaque, o resultado é uma paródia moderna, em que 90 minutos de filme mostram-se ser ideais.
De acrescentar toda a polémica que o filme gerou, sendo contestado pelo governo do Cazaquistão, por grupos feministas, por grupos de apoio a minorias étnicas e ainda pelos habitantes da aldeia onde é filmada a parte do filme passada no Cazaquistão, que depois de saberem realmente o que Borat fez deles nesta comédia, prometeram um linchamento caso Sacha regressasse. Fica então uma demonstração de humor sem limites por parte de um dos “heterónimos” de Sacha Baron Cohen, juntamente com Ali G e Bruno.

Nota:



Outras Notas:

Pedro Mourão-Ferreira: 2/5

David Bernardino: 1/5

RMC: 2/5
Miguel Patrício: 2/5

1 comentário:

Anónimo disse...

Por amor de deus...falar tão mal do Cinderella Man...dar uma só estrela e atribuir 4 estrelas a filmes como Borat...é mesmo pa nao ter grande consideração