segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Fast Food Nation

Título Original:Fast Food Nation
Título em Português: Geração Fast Food
Realizado por: Richard Linklater
Actores: Greg Kinnear; Wilmer Valderrama; Patricia Arquette; Catalina Sandino Moreno; Ethan Hawke; Bruce Willis
Data: 2006
País de Origem: Estados-Unidos
Duração: 116 min.
M/12Q
Cor, Som








A frase “there is a shit in our meat” tornou-se uma lenda nos EUA sendo agora usada em frequentes brincadeiras durante refeições em restaurantes fast-food.
Mas Fast Food Nation, é muito mais que isso o filme começa por nos mostrar algumas imagens de emigrantes Mexicanos, preparando o seu “salto” ou seja a entrada nos EUA, só depois percebemos como é que isso se relacionará com tudo o resto, o filme apresenta constantemente múltiplos planos. Um deles segue Don Henderson muito bem representado por aquele que a meu ver é o melhor actor em comédia de 2006, Greg Kinnear, um responsável de Marketing da poderosa cadeia Mickey, muito respeitado por ter tido a ideia para um hambúrguer que obteve um enorme sucesso.
Contudo, Don é um homem de princípios e quando houve falar do boato do que havia na carne, decide fazer algum “trabalho de campo”.
Noutro plano temos os emigrantes mexicanos contratados para trabalhar num matadouro, aqui temos uma visão poderosa e dramática, muito diferente do contexto cómico em que se desenrola o resto do filme, um retrato da exploração levada a cabo sobre estes trabalhadores, desde o assédio sexual á ausência de condições de segurança.
Noutro plano temos ainda a história de uma adolescente que trabalha numa loja desta companhia Mickey.
Em Fast Food Nation os diálogos estão muitíssimo bem explorados, conseguindo fazer rir ao mesmo tempo que fazem pensar. As personagens atravessam vários tipos desde Ethan Hawke que interpreta o bon vivant arrependido e com uma nova filosofia até Bruce Willis que nos mostra o americano comum, conformado e feliz.
Para além destes há outras participações especiais como é o caso de Avril Lavigne, contudo a caracterização não é feliz, já que Avril Lavigne chega-nos como nos habituámos a vê-la em videoclips e concertos tornando-se difícil enquadrá-la na personagem.
As teorias que nos são apresentadas são bem fundamentadas daí se percebe porque é que em Portugal este filme não é exibido nenhum cinema onde haja restaurantes de fast-food. Atentado á liberdade de expressão? Não, apenas capitalismo!

Nota: 3/5

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