sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Twelve Monkeys

Título Original: Twelve Monkeys
Título Português: Doze Macacos
Realizado por: Terry Gilliam
Actores: Bruce Willis, Madeleine Stowe, Brad Pitt
Data: 1995
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 129 min
M/16
Cor e Som








Terry Gilliam, um ex-Monty Python, realiza um dos melhores filmes a que já tive o prazer de assistir. Twelve Monkeys apresenta um enredo original, uma realização original e actuações no minimo originais.
No ano de cerca de 2025 a humanidade foi aniquilada devido a um vírus lançado no Mundo em 1996 por um exército clandestino chamado 12 Macacos. Então James Cole (Bruce Willis) é enviado pelos cientistas ao passado de 1996 para capturar um animal infectado com o vírus no seu estado puro para que os cientistas possam criar uma cura. Pode parecer demasiado simples, mas de facto é só isto que sabemos. O filme está rodeado por uma atmosfera estranha que não faz nada mais além de confundir o espectador. Sentimos necessidade de respostas, pelo menos durante a primeira parte do filme, pois algo de muito estranho se passa. Cole vai acidentalmente parar ao ano de 1990 e , tomando-o por louco, Cole é levado para um manicomio e lá trava conhecimento com Jeffrey Goines (Brad Pitt) e a psiquiatra Kathryn Railly (Madeleine Stowe). É esta parte do filme que é realmente confusa, talvez devido ao facto de se passar num manicómio e de Cole estar num estado altamente sedado/drogado com calmantes. Ouvimos as teorias da conspiração de Jeffrey, e tudo isso mexe com a nossa cabeça. Verificando que havia sido enviado para um ano errado, Cole volta para o futuro para ser enviado, desta vez sim para o ano correcto de 1996. E é durante esta sua estada que Cole, com a ajuda da Dra. Railly vai descubrir toda a verdade acerca do desaparecimento da Humanidade. Ou será que Cole é realmente um louco?
As interpretações são um ponto a realçar. Bruce Willis não tem qualquer pudor em babar-se e por vezes até quase impersionar um deficiente durante a sua estadia no manicómio principalmente. De resto mostra-se um sujeito perturbado, espontâneamente violento e constantemente assolado pelos seus pesadelos. Stowe é a mulher racional que tenta dissuadir Cole de uma ideia tão louca quanto o seu comportamente. E Brad Pitt, ao seu melhor estilo, mostra-se irrequieto, espontâneo, frenético, louco, diria quase bipolar.
Terry Gilliam consegue deixar o espectador no escuro durante bastante tempo, por vezes tem k ser o público a associar acontecimentos para descubrir respostas ao longo do filme.
A ausência de banda sonora contribui mais uma vez para a já referida atmosfera estranha e desconfortável do filme. A fotografia acinzentada e esbranquiçada fá-lo também.
Um filme inteligente, original e que quase não comete erros. Bruce Willis num papel onde nunca se havia visto. Uma verdadeira obra-prima sóbria e sólida. Parabéns ao seu obscuro realizador.

Nota: 5/5

Outras Notas:
Miguel Patrício: 3/5

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