sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Life of Brian

Título Original: Life of Brian
Título em Português: A Vida de Brain
Realizado por: Terry Jones
Actores: Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin
Data: 1979
País de Origem: Reino Unido
Duração: 94 minutos
M/12Q
Cor, Som




Esta crítica será feita tendo em conta o enquadramento do filme no seu estilo, ou seja na comédia. A nota será dada em função disso, e não em comparação com outros estilos de filme. Apenas digo isto para justificar, por exemplo, as minhas notas a filmes como ”Borat” e “Verdade Inconveniente”, que em geral podem não ser considerados bons filmes mas, a meu ver, no seu género destacam-se.
Brian é um homem que nasceu no dia 25 de Dezembro, na casa ao lado de Jesus. No seu nascimento, é confundido com o messias. Na cidade onde vive, juntamente com a mãe, e as ruas são dominadas pelos romanos. Brian trabalha numa arena como vendedor de comida durante as lutas que decorrem durante o dia. Certa vez conhece um grupo de pessoas que quer acabar com o domínio imposto pelos romanos, sendo esta vontade partilhada por Brian. Prontamente se junta a eles, e participa num dos seus golpes, numa tentativa de derrubar o tal regime autoritário, mas sem sucesso, pelo que inicia uma fuga aos romanos. Até que há um dia em que o personagem principal é novamente confundido com Jesus, sendo que agora uma multidão o persegue, julgando-o o seu mestre, e interpretando cada passo e cada coisa que ele diz como se houvesse um sinal ou uma mensagem por detrás disso, como se ele fosse um messias. Nos restantes momentos do filme, assistimos á fuga de Brian, quer dos romanos, quer da multidão que o venera.
Penso que o mais interessante do filme é tudo menos a história em si. E ainda bem. Todas as personagens que entram neste filme têm o seu tique, a sua característica especial, a sua maneira de falar, de pensar, de agir, e assim. E tendo em conta que um actor faz mais que uma personagem, há ainda mais mérito para quem representa neste filme. E as personagens são completamente diferentes entre si. A recriação do ambiente da época também está bem conseguida. A repressão romana, a construção rudimentar das habitações, o vestuário das pessoas, os hábitos, tudo está ao pormenor. E depois existe a originalidade de certas cenas, como discussões pelos motivos mais estúpidos e um vendedor a regatear quando Brian lhe oferece o preço inicial pelo seu produto. Isto, e muito mais, é o que faz com que gargalhadas se soltem durante o filme. Em termos de defeitos, a assinalar o problema de muitos filmes deste género: é complicado conseguir risos durante hora e meia de filme. A comédia, quando prolongada, pode tornar-se entediante. E penso que por vezes esta repetição do humor típico dos Monty Python cansa um pouco. Mais uma vez, um aplauso para a brilhante actuação dos actores deste filme, coisa a que nos habituaram. E também de destacar a originalidade do genérico, pelo “non-sense” aplicado à música. Um bom filme cómico, a não perder.

Nota: 3/5

Outras Notas:
RMC:

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