quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Wo Hu Cang Long

Título Original: Wo Hu Cang Long
Título em Português: O Tigre e o Dragão
Realizado por: Ang Lee
Actores: Chow Yun Fat, Michelle Yeoh, Zhang Ziyi, Chen Chang
Data: 2000
Países de Origem: Taiwan, Hong Kong, EUA, China
Duração: 120 min.
M/12
Cor, Som








No ano 2001, o realizador Ang Lee ganhou o globo de ouro de melhor realizador pelo seu filme "O Tigre e o Dragão", uma adaptação de um dos romances chineses "Giang Hu". Conseiderado por Joel Siegel, e cito "um dos melhores filmes de sempre". Discordo plenamente com a opinião de Siegel.
"O Tigre e o Dragão" conta-nos a hitsória de Li Mu Bai (Chow Yun Fat), um mestre das artes marciais, numa época mais calma da vivência chinesa. A partir de Li Mu Bai, conhecemos outras personagens como Yu Shu Lien (Michelle Yeoh), sendo o amor inatingível de ambos; Jen Yu (Zhang Ziyi), uma princesa forçada a casar com um príncipe, mas prefere levar uma vida de aventureira; "Dark Cloud" (Chen Chang), um refugiado que conheceu Jen Yu, aquando de um ataque à sua família nobre e desenvolveu-se um amor entre ambos. Quando Jen Yu rouba a espada "Destino Verde", a quietude da vivência chinesa é interrompida. Li Mu Bai fica entusiasmado com a possibilidade de poder treinar Jen Yu, mas esta prefere levar uma vida diferente.
Ao ver este filme pus-me a pensar no porquê de tanto alarido, de tanto entusiasmo. Embora seja um filme bem feito, está longe de ser uma obra-prima no cinema mundial. É verdade que tem as suas inovações, mas só na forma como foram feitas as batalhas (embora, já no filme "Matrix", já se tinha inovado nas batalhas, mas não era uma espécie de "dança" como é neste filme). Na minha opinião, o melhor que se pode retirar é a estética, o ambiente calmo que nos integra ao longo do filme envolvendo-se com a quietude da banda sonora e a forma como é filmada a "dança" das batalhas, merece palmas. Porém, o argumento não se retira nada de novo: não é inovador e nota-se que a história não consegue acompanhar o belo ritmo da imagem e da banda sonora. Por outras palavras, é uma história normal feita milhares de vezes em cinema. Para ser franco, este filme parece-se muito com alguns animes, como, por exemplo, "Naruto" e "Avatar: The Last Airbender" pela semelhança das batalhas. Nesse aspecto, até gostei, entreteu-me bastante, mas volto a dizer que "O Tigre e o Dragão" não é, nem por sombras, um dos melhores filmes de sempre. É um bom filme pelo entretenimento que nos oferece da qualidade de imagem, da banda sonora e da "dança" das batalhas. De resto, é um filme comum. Não se aprende nada de novo.
"When it comes to the affairs of the heart, even the greatest warriors can be consummate idiots." - Sir Te

Nota: 3/5

Outras Notas:
Miguel Patrício: 2/5

5 comentários:

C. disse...

Viste o filme agora ou no cinema na altura em que estreou?

Pergunto isto porque quando o vi no cinema saí da sala fascinada. Num revisionamento em casa perdeu um pouco a magia, até porque já tinha visto, entretanto, outros filmes do género (por exemplo, "Hero").

Pedro Mourão-Ferreira disse...

Daquilo que estás a referir é o que eu acho que é o melhor do filme. A estética, a realização, porque, de facto, é muito boa. Agora, não é preciso ver um filme no cinema ou em casa para perceber que o argumento não é nada de especial e que não nos traz nada de novo. Portanto, para a próxima, leia a crítica com mais atenção.

C. disse...

Eu não referi nem estética, nem realização, nem disse, especificamente, o que me fascinou no filme.

Portanto, para a próxima, leia o comentário com mais atenção.

E até nunca. Obrigado pela boa educação.

Pedro Mourão-Ferreira disse...

Peço imensa desculpa. Não devia ter descarregado em si desta forma. Estava num mau dia e resultou num comentário meu bastante desagradável. Portanto, aqui está um comentário a substituir anterior: eu quando vi o filme, fiquei tocado pela sensibilidade daquilo que vi. De facto, fiquei algo surpreendido (vi em casa). Se tivesse visto no cinema, acredito que me teria fascinado ainda mais, porque, de facto, a estética, principalmente a forma como é mostrada a dança das batalhas é surpreendente. Tenho pena é que o resto não soube acompanhar este grande nível. Mais uma vez, peço imensa desculpa, foi um erro meu ter sido tão desagradável consigo. Aprendi com ele.

C. disse...

Todos temos dias maus ;)

Quanto ao filme... foi o primeiro do género que vi (e logo no cinema), talvez por isso o fascínio tenha sido maior, admito.

Resumindo ao género, já vi melhor depois. Resumindo ao realizador, Ang Lee também já fez melhor.