sábado, 20 de janeiro de 2007

Hitch

Título Original: Hitch
Título em Português: Hitch - A Cura Para O Homem Comum
Realizado por: Andy Tennant
Actores: Will Smith, Eva Mendes, Kevin James, Amber Valletta
Data: 2005
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 118 minutos
M/12Q
Cor, Som









No que cabe a géneros cinematográficos predilectos, a comédia romântica é algo que não consta dessa pequena lista. Ainda assim, Hitch foi, dentro desse género e tendo em conta uma certa repulsa minha por esse género de filmes, o melhor que vi até hoje, apesar de não ter visto assim tantos. Mas pareceu-me ligeiramente diferente do habitual.
Albert é um homem que não tem muito sucesso com mulheres e está interessado em conhecer melhor, ou talvez mais que isso, a dos seus sonhos, Allegra Cole, curiosamente a sua patroa. Não se dá com ela, e só uma vez lhe dirigiu a palavra, numa rotineira cena de trabalho. O mais provável é que Allegra nem se lembre dele. Um dia Albert conhece Alex Hitchens, uma espécie de um “love doctor”, um consultor amoroso, com quem fala do seu caso. “Hitch” teoricamente é um mito, mas ninguém sabe ao certo se ele existe ou não. Daqui em diante, Alex ajudará Albert a tentar construir algo de bom com Allegra, tarefa que se revelará exigente mas que Hitch aceita. Certa noite num bar, a personagem principal mete conversa com Sara, uma bonita mulher que, segundo ele, não pretende iniciar nenhuma relação mais forte com qualquer tipo de pessoa (Hitch tem o “dom” de avaliar as pessoas pela forma como se vestem, pelos seus acessórios, postura, etc. Na altura, Sara usava óculos mas não estava a ler, e Alex toma isso como uma tentativa de repelir eventuais interesses nela). Paralelamente ao seu cliente, Hitch vai construindo a sua relação com Sara.
Como que por encanto, Albert conhece e vai aprofundando a sua amizade com Miss Cole. Encontram-se cada vez mais vezes, têm cada vez mais à vontade um com o outro e aproximam-se cada vez mais. O mesmo se passa com Alex e Sara, mas Alex não tem a ajuda de ninguém nesta relação, ao contrário do seu cliente e amigo, cujos óptimos conselhos têm sido indispensáveis. Porém, Hitch começa a aperceber-se de que os conselhos que dá a Albert não estão a resultar com Sara, e isso leva-o a uma “reflexão” acerca da essência do seu trabalho e sobre a barreira que separa trabalho e vida pessoal, ou seja, o uso dos seus próprios conselhos profissionais na sua própria vida. Isto põe em causa não só o bom funcionamento da sua ligação com Sara, mas também o rumo que está a tomar a relação entre Allegra e Albert.
O filme não é muito original, até é dotado de certos “clichets”, mas a dúvida na aplicação dos seus métodos na sua vida pessoal por parte de Alex é algo a apontar. Também gostei da cena em que a cara de Alex se deforma, como efeito secundário de um xarope que ingere, em que é usado um pouco do humor de “Men in Black”, e daquela em que Alex tenta ensinar o seu cliente a dançar decentemente. De resto, enfim, é uma comédia romântica que não deixa de entreter quem a vê.

Nota: 3/5

Outras Notas:
Miguel Patrício: 0/5
David Bernardino: 3/5
Pedro Mourão-Ferreira: 2/5

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