domingo, 6 de maio de 2007

Spider Man 3

Título Original: Spider Man 3
Título em Português: Homem Aranha 3
Realizado por: Sam Raimi
Actores: Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco
Data: 2007
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 140 minutos
M/12Q
Cor, Som











Uma trilogia é sempre algo arriscado. Prolongar um conceito desta forma pode ser maçador e saturante, apesar de haver exemplos destas que provem que tal não é regra. Mas talvez com Spider Man seja. Não sei se seria necessário este filme ter-se feito, apesar de certos pormenores na história dos anteriores ficarem por esclarecer, mas nem tudo se tem que esclarecer. Uma coisa é certa: um quarto filme desta saga será dispensável. Até porque a qualidade baixou imenso no final desta trilogia.
É literalmente a continuação do segundo, com Peter Parker – o homem aranha – com um novo inimigo, o filho do seu antigo arqui-rival, e seu antigo melhor amigo, Harry Osborn, procurando vingança pela morte do pai, supostamente causada pelo protagonista. Este não será o único problema de Peter, porque parece que em Nova Iorque se vendem superpoderes em cada mercearia, e ele terá que lidar com o Homem Areia e com um corpo estranho que misteriosamente veio de fora da Terra e que se infiltrou no seu fato, tornando-o numa pessoa diametralmente oposta ao simpático e discreto Peter Parker. A juntar à lista de problemas pessoais temos também a irregular carreira profissional de Mary Jane, sua namorada, que não consegue arranjar o emprego que sempre quis. A história é esta, basicamente. Este filme tem vários problemas. O primeiro é que já ninguém fica verdadeiramente surpreendido de ver alguém com superpoderes em Nova Iorque, ou seja, a polícia vê um homem de areia com um poder destrutivo imenso e friamente dispara para ele como se fosse um assaltante de bancos. É rotineiro um amontoado de areia com forma humana andar a passear na 5ª avenida. O segundo problema prende-se com Tobey Maguire, que até hoje não percebo se será o ideal para o papel que desempenha, preferindo eu muito mais as interpretações de Kirsten Dunst (Mary Jane) e James Franco (Harry). O terceiro problema, e sem dúvida o maior, é a tentativa falhada, na minha opinião, de tornar Spider Man num filme com estilo e com piada. Sem dúvida que antes já se tinha um pouco disso, mas neste vemos coisas estúpidas como Peter Parker a dançar num clube de jazz e a participar numa cerimónia em sua homenagem, com uma entrada triunfal previamente combinada. Os únicos motivos para rir nesta película são mesmo o director de jornal onde Peter trabalha. E que dizer dos primeiros 20 minutos do filme? São 20 minutos de amor e felicidade entre os diversos personagens, em que está tudo bem e todos vivem contentes, respirando alegria. São 20 minutos da melhor telenovela que anda por aí. Com tanta harmonia inicial, o que é que pode correr mal, se está tudo bem? Enfim. Escusado será também referir que os acontecimentos são previsíveis. À medida que o filme avança conseguimos antever quem morre, quem fica, quem faz isto e aquilo, que se chateia com quem. Os filmes de Spider Man tinham um pouco de tudo isto, mas em menor escala, uma pessoa até se entretinha a vê-los. Neste, já nem isso se verifica. A nota que dou remete-nos apenas para a parte dos efeitos especiais do filme, que sendo caro como foi, só podia ter efeitos destes, e para os actores Kirsten Dunst, James Franco e Topher Grace, que havia participado em Traffic. E de bom, é só isto que podemos encontrar.

Nota: 1/5

Outras Notas:
Pedro Mourão-Ferreira: 2/5

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