United 93
Título Original: United 93
Título em Português: Voo 93
Realizado por: Paul Greengrass
Actores: Christian Clemenson, Trish Gates, David Alan Basche, Khalid Abdalla, Lewis Alsamari, Omar Berdouni, Jamie Harding
Data: 2006
País de Origem: Estados-Unidos
Duração: 111 minutos
M/12Q
Cor, Som
11 de Setembro de 2001. Duas Torres. Quatro Aviões. Milhares de vítimas. Uma bomba atómica política. Este filme relata o que aconteceu ao único dos predestinados aviões comerciais que não atingiu o propósito dos terroristas que o desviaram, que era atingir a Casa Branca.
Numa sociedade civil pós-11 de Setembro como é a ocidental, filmes, documentários ou reportagens sobre este fatídico dia e todas as suas consequências para o mundo económico e político são normalmente considerados pouco originais. Principalmente se vistos durante ou depois de um 11 de Setembro, data na qual os media entopem as televisões e jornais com temáticas alusivas a este dia.
Na minha opinião, este filme foi contra essa corrente.
Quando o vi no cinema, fui exactamente com essa mentalidade do “mais uma coisa sobre o ataque às torres”, mas fui bastante surpreendido. A vários níveis. Primeiro a história, que começa centrada na entrada dos terroristas disfarçados na aeronave e com o acompanhamento de agências ligadas à defesa nacional e ao tráfego aéreo ao embate dos aviões sequestrados no World Trade Center e no Pentágono. Até aqui tudo normal. Mas o interessante é a emoção com que tudo isto é seguido, transpondo para fora do ecrã todo o stress gerado nas pessoas envolvidas nas entidades acima referidas. Vemos toda a gente a lutar contra uma força imprevisível e invisível, luta essa que já está perdida mal se inicia, pois já é tarde demais. Paralelamente a este plano da história está a calma atmosfera que, não por muito tempo, reina no voo 93. O nervosismo dos terroristas, a tensão suspensa no ar, a rotina de toda uma viagem aérea, com hospedeiras a servir os passageiros, as conversas de circunstância entre estes.
Tudo muda quando um dos jovens árabes monta à volta do seu corpo um engenho explosivo, que pode rebentar a qualquer momento, se o jovem assim o quiser.
Depois de fazer isto, o jovem regressa novamente ao seu lugar, tal como estava dantes. Os seus amigos apercebem-se que agora tudo está pronto para sequestrar o avião. Após algum impasse estes tomam o avião, tal como esperado. E a partir daqui, com este ponto de viragem, desenrolam-se os momentos do filme mais emotivos, comandados pela vontade dos passageiros em derrotar os terroristas e assim salvarem as próprias vidas e pela determinação dos árabes em despenhar o avião no alvo escolhido. Sem menosprezando a maneira como todas as entidades seguem o desenrolar da catástrofe, que está muito bem retratada, com o desespero a revelar-se nas pessoas de formas diferentes, é o choque entre estas duas forças tão poderosas que cativa o espectador durante o restante tempo de filme.
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