sábado, 19 de fevereiro de 2011

The King's Speech


Título Original: The King's Speech
Título Português: O Discurso do Rei
Realizado por: Tom Hooper
Actores: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter
Data: 2010
País de Origem: Reino Unido/Australia/Estados Unidos
Duração: 118 mins
M/12
Cor e Som








O Discurso do Rei conta a história de como o príncipe Albert George, filho do rei George V e pai da actual Elizabeth II, superou o seu problema de gaguez e por circunstâncias improváveis se tornou no rei britânico George VI que liderou o Reino Unido durante a segunda Guerra Mundial. Colin Firth interpreta a personagem suportado por Geoffrey Rush, o suposto médico australiano que o ajuda a superar o problema de fala e que não se deixa empurrar para segundo plano pela personagem principal, com um interpretação ao seu nivel. Helena Bonham Carter surge ainda como a esposa de Albert , que o apoia nesta sua difícil demanda de auto-superação.
O problema d'O Discurso do Rei está no facto de, antes de ser um filme dramático ou o que quer que seja, ser um documentário interpretado. Sem querer menosprezar Tom Hooper de forma injusta, ao analisar a sua filmografia apenas vemos episódios de séries de tv de qualidade duvidosa e mais recentemente tele-filmes históricos de indubitável qualidade como Elizabeth I. Que déja vu.
O Discurso do Rei é um desses documentários mas desta vez com a atenção (e duração) suficiente para ser elevado a filme e que até é nomeado para Óscares! No entanto ao vê-lo... Bem, é um filme extraordinariamente normal. Todas as interpretações são normais, sem grandes laivos de criatividade (a única criatividade possível é Colin Firth gaguejar tão bem, mas merece por isso óscar de melhor actor?!). Nenhum dos actores se destaca realmente com uma grande prestação. O enredo é aquele que todos esperam, não impressiona nem inova, aliás até decepciona. A apresentação que é feita ao filme pelos media deixa antever um pseudo drama típico britânico leve com toques de comédia, capaz de agradar a todos. A verdade é que agrada a todos mas não surpreende ninguém. É premiar a normalidade e a segurança. Mesmo a nível de cenários podia ter havido tão mais, mas apenas nos cingimos essencialmente ao consultório de Geoffrey Rush e a uma ou outra sala.
The King's Speech é antes um fenómeno de marketing muito bem feito, que girou à volta de nomeações em tudo o que é prémio e da óbvia vitória nos BAFTA, não fossem esses os óscares do Reino Unido. Se não fosse tanto alarido à volta do filme alguém teria dado por ele? Provavelmente não... É um filme vulgar, de fácil visionamento, com uma ou outra fala mais épica que lhe dá identidade ("Because I have a voice!") e que acaba por receber consensualmente aprovação por não ser um filme mau. Um filme normal ao qual nos acomodamos, com um enredo histórico que lhe dá autenticidade e lhe transmite um ilusório selo de qualidade.

Nota: 2/5

1 comentário:

Anónimo disse...

Dar duas estrelas a este filme só mostra que o fanatismo é um mal de que padece muita gente. Está muito bom, merecendo 4 estrelas