quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Chaos

Titulo Original: Chaos
Titulo Português: Caos
Realizado por: Tony Giglio
Actores: Jason Statham, Ryan Phillippe, Wesley Snipes
Data: 2006
País de Origem: Canadá/Reino Unido/Estados Unidos
Duração: 106 min
M/12Q
Cor e Som








Fui ao cinema com o objectivo de ver um filme cujo único final fosse entreter-me. Um filme de acção engraçado. E tendo eu já uma boa relação com Statham (Revolver, Snatch) e com Ryan Phillippe (Crash, Flags Of Our Fathers), Wesley Snipes acabava por ser o único actor que não me convencia. No entanto não há nada de negativo a dizer. E melhor ainda, Chaos é um excelente thriller de acção, e ainda por cima é inteligente e está cheio de reviravoltas que nos deixam boquiabertos.
Quando um grupo de assaltantes cujo líder se dá pelo nome de Lorenz (Snipes), invade um banco e faz dezenas de reféns é criada uma situação policial delicada. Lorenz exige então que só fala com Quentin Conners (Statham), um detective fora de serviço devido a um acidente durante uma crise de reféns que tentou resolver. Conners obtém então a ajuda de Shane Dekker, um detective novato mas muito profissional, que o vai ajudar a resolver esta crise.
Provavelmente esta pequena sinopse não vai agradar ao leitor, mas isto é apenas o inicio do filme. Aquilo que se segue é que é realmente interessante, principalmente a última reveladora meia hora.
Um factor muito interesante é o facto de Chaos se passar todo em menos de 24 horas. E fá-lo com muito realismo. Não comete certos erros que 24 (a série) comete, como duas personagens conhecerem-se às 2 da tarde e seis horas depois já estarem apaixonadas, ou haver uma quantidade tão grande de acontecimentos que dá a ideia de tudo se passar em largas semanas. Chaos não comete esse erro. Não há cá amores nem choradeiras exageradas.
O realismo acaba mesmo por ser um grande símbolo de qualidade em Chaos. Por exemplo, num filme de acção comum os maus nunca consegue alvejar o bom, mesmo com rajadas de metralhadora, e o bom depois mata-os a todos só com uma bala. Isso aqui não acontece. Os bons ferem-se, cansam-se e têm muitas dificuldades em lutas corpo a corpo. Mas não pense o leitor que este é um filme de porrada, tiros e explosões. O enredo: todo o golpe montado através do assalto ao banco, e a evolução das personagens é mesmo o melhor.
As interpretações são todas muito boas, principalmente a de Ryan Phillippe que acaba por se revelar a personagem principal. A banda sonora é também ela muito boa, composta por música electrónica maioritariamente e alguma música clássica. A fotografia escura e forte dá uma dimensão misteriosa ao filme. Por fim Tony Giglio só recorre aos efeitos especiais quando são realmente necessários para, por exemplo, acidentes de automóveis.
Resumindo, um filme sóbrio, nada de super-heróis, inteligente e muito emocionante. Um dos melhores thrillers de acção de que me recordo.

Nota: 3/5

2 comentários:

Anónimo disse...

só uma dúvida, um filme com o wesley snipes pode ser bom?

Anónimo disse...

pelos vistos sim. mas ele é um actor bastante secundário neste filme