sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

The Da Vinci Code

Título Original: The Da Vinci Code
Título Em Português: O Código Da Vinci
Realizado por: Ron Howard
Actores: Tom Hanks, Audrey Tautou, Ian McKellen, Jean Reno, Alfredo Molina
Data: 2006
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 149 minutos
M/12Q
Cor, Som









O Código Da Vinci, o livro, teve uma aderência a nível mundial muito grande. O livro foi aclamado por todo o lado. O enredo à volta das obras de DaVinci e das mentiras da Igreja Católica fascinou muitos. Despertou o interesse para a arte sacra, para os Templários, para Maria Madalena. Dan Brown passou de quase desconhecido a uma quase autoridade em muitos assuntos religiosos e artísticos, e viu os seus livros anteriores ao Código serem vendidos massivamente, dada a curiosidade dos leitores em saber que havia escrito o americano que cresceu à volta de livros de filosofia, religião e ciência. Quando se determinou que existiria um filme sobre este badalado livro, os fãs aplaudiram. Era o filme mais esperado do ano, sendo anunciado com toda a pompa e circunstância. O próprio trailer deixava antever um grande filme. Ainda por cima, o elenco estava recheado de estrelas. Gerava-se uma grande expectativa. A história é bastante conhecida. Robert Langdon, simbologista em Harvard, tem conhecimento da notícia de que o curador do Louvre foi assassinado, deixando apenas junto a si um código complexo. Juntamente com uma criptologista francesa, Sophie Neveu, descobrem um rol imenso de pistas mascaradas nas obras do pintor renascentista Leonardo Da Vinci, na tentativa de decifrar o dito código. A isto se junta a descoberta da ligação entre uma antiga sociedade secreta a que pertenciam o curador e mesmo Da Vinci. Quanto ao livro, não há muito a dizer. Um enredo apaixonante adjacente a um tema polémico e cativante, e uma escrita envolvente. Mas e o filme? Correspondeu às expectativas? Os aspectos positivos do filme até são significativos. A realização é boa, conseguindo imprimir emoção ao espectador. O facto de grande parte ser filmado à noite até dá outro toque ao mesmo. Depois temos o desempenho muito bom de alguns personagens. A realçar a de Alfredo Molina, no papel do Bispo Aringarosa, que está na pele de um “trabalhador da igreja” ambicioso que tem a ascendência desta como primeira prioridade, sem ligar às consequências e escondendo todo o tipo de contrariedades que isso traz. Ian McKellen, já conhecido do X-Men e do Senhor dos Anéis, faz de um profundo conhecedor dos factos relativos ao Santo Graal e à história que envolve Jesus e Maria Madalena; de aplaudir a mudança psicológica aquando da reviravolta no rumo de Robert e de Sophie. E finalmente, Paul Bettany, no papel de Silas, um fundamentalista católico albino que se auto-flagela devido aos pecados cometidos em nome da Igreja, tendo em comum com o bispo a cegueira com que cometem os seus actos, sempre com a fé em mente. Um pormenor que é de louvar são as reconstituições históricas feitas num plano simultâneo ao filme, ou seja, vemos a reconstituição ao mesmo tempo que vemos qualquer um dos personagens. Um pouco decepcionante é a prestação de Tom Hanks. Não foi a melhor escolha para o papel do simbologista americano. Não está em causa a capacidade do actor, mas sim a escolha errada para o papel. Robert Langdon é um homem mais emotivo, e não se viu isso no filme. Langdon até parece um pouco apático quanto aos acontecimentos. Outro aspecto negativo é a coerência em relação à obra de Dan Brown. O filme está, a nível geral, em sintonia com o livro, mas nos pormenores (muitos acabam por fazer a diferença) temos algumas falhas (não arrisco referi-las aqui com receio de estragar o efeito surpresa de cenas do filme).
Resumindo, temos um filme com as características de uma adaptação de uma obra literária, principalmente nos defeitos. Com tanta expectativa, estava-se à espera de mais.

Nota: 2/5


Outras Notas:
Miguel Patrício: 0/5
RMC: 1/5

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