domingo, 16 de outubro de 2011

Contagion

Tírulo Original: Contagion
Título Português: Contágio
Realizado por: Steven Soderbergh
Actores: Laurence Fishburn, Jennifer Ehle, Jude Law, Matt Damon, Kate Winslet, Marion Cotillard , Gwineth Paltrow
Data: 2011
País de Origem: Estados Unidos/Emirados Árabes Unidos
Duração: 106 mins
M/12
Cor e Som









Com alguma antecipação chega finalmente este Contagion, um interessante filme que tenta desfiar o que aconteceria se realmente um vírus como a gripe das aves ou a gripe A se espalhasse eficazmente por todo o Mundo. O filme não desilude, mas também não entrega totalmente aquilo que prometia.
Contagion apresenta um elenco de luxo que só por si leva o espectador ao cinema: Laurence Fishburn, Jude Law, Matt Damon, Kate Winslet, Marion Cotillard , Gwineth Paltrow, entre outros bons actores que num filme "normal" veriam o seu nome no cartaz. Evidentemente que o problema disto é que nenhum deles consegue encontrar o seu espaço, e muito menos screen-time, de forma a justificar a sua presença em Contagion. E o facto de cada uma destas personagens não estarem directamente relacionadas na história faz com que com o passar das cenas nos esqueçamos dela, deixando de existir personagens principais. Alguns destes actores têm tão poucas cenas que a sua presença chega a parecer um cameo(Gwineth Paltrow). A única personagem que escapa desta óptica talvez seja a de Laurence Fishburn que acaba tendo um papel mais central que outras. Por vezes lembra-nos Crash ou Babel, ou mesmo Traffic, mas graças a Deus (ou alguém) Contagion é muito melhor que isso, tal como Soderbergh é muito melhor que Iñarritu mas isso já são outras rosas.
Contagion não manipula (muito), apenas expõe. Observamos o expandir do vírus e como os governos, a imprensa e a população geral lida com ele, os boatos que se espalham, as verdades escondidas. E está feito de forma interessante, realista e bem executada. Emocionalmente ficamos indiferentes depois de ver o filme, embora informativamente fiquemos alerta. É um filme metódico, frio, é quase um filme biológico/cientifico. Aqui Soderbergh foge àquilo que habitua o espectador, negando um filme apocaliptico fácil, com imagens de destruição e calamidade global. Não. Soderbergh opta pela apatia do vírus, transpondo-a para a forma como executa o filme, e nisso Contagion acerta na mouche. Parece que nunca saímos dum laboratório de química, o que surpreendentemente se revelou interessante e intenso, nunca se deixando cair no enredo fácil.
Contagion é uma boa aposta para esta altura do ano em que não passam grandes filmes nas salas e decerto não irá desiludir. Também não é propriamente um filme de entretenimento (algumas pessoas chegaram a sair da sala) mas também a Tagline "Nada se espalha tão depressa como Medo" não traduz nem pouco mais ou menos aquilo que se irá ver em Contagion. Vale a pena sem dúvida.

Nota:
3/5

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