segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Indiana Jones and the Raiders of the Lost Ark

Título Original: Indiana Jones and the Raiders of the Lost Ark
Título em Português: Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida
Realizado por: Steven Spielberg
Actores: Harrison Ford, Karen Allen, John Rhys-Davies, Paul Freeman, Denholm Elliott, Ronald Lacey, Alfred Molina, Wolf Kahler, George Harris
Data: 1981
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 111 min.
M/12
Cor, Som






Quem diria que o nome de um cão iria originar o maior aventureiro de todos os tempos? Quando George Lucas deu o nome ao seu cão, estaria longe de imaginar o que se viria a suceder. Brilhantemente realizado por Steven Spielberg e com história de George Lucas, Indiana Jones quebrou todas as fronteiras do convencional e subiu disparado até ao estrelado, criando um legado que ainda hoje perdura.
Indiana Jones ou Indy para os amigos é interpretado por Harrison Ford que tinha acabado de adquirir um sucesso colossal com a sua personagem de Han Solo na saga Star Wars e que volta aqui a estar ao seu enorme nível libertando toda uma qualidade que tornou Indiana num ícone intemporal. Raiders of the Lost Ark é o primeiro filme de uma saga de quatro filmes, e é sem dúvida o melhor, talvez só “The Last Crusade” (1989) esteja ao nível deste. Dr. Jones é um professor de arqueologia na faculdade e nos tempos livres dedica-se entre outras coisas a ser um aventureiro que vai procurar artefactos perdidos, embarcando em inúmeras viagens. Neste filme, a aventura passa por encontrar a Arca da Aliança que possui os dez mandamentos dando ao exército que a possui uma força indestrutível, estando os Nazis no encalço dela.
O primeiro contacto que temos com o filme cria logo a ideia que estamos perante algo de diferente, algo de extraordinário ao vermos uma série de armadilhas que marcam a série de forma constante e ao vermos um jovem Alfred Molina, empalado contra a parede por ter caído numa destas.
Apesar de Indiana Jones ser à volta do mesmo actor, temos que concordar que é o resto do elenco deste filme que também torna possível esta aventura ser tão espectacular e ter uma história tão envolvente. Karen Allen interpreta Marion Ravenwood, uma mulher que a par de Indy não dispensa uma boa aventura, dando ao filme o elemento amoroso que o público tanto gosta, John Rhys-Davies dá vida a Sallah a ligação de Indy no Egipto, o seu grande amigo prospector, que também não dispensa uma boa aventura mas à sua maneira, Denholm Elliott o carismático Marcus Brody (é importante referir que em “The Last Crusade”, tanto Sallah como Marcus vão ter mais tempo de ecrã e vão elaborar piadas de bradar aos céus) e por último – e penso que seja aqui que o filme encontra o seu ponto fraco – temos Paul Freeman que interpreta o arqueólogo francês Belloq, não sendo de todo convincente no seu papel, apesar da enorme qualidade que tem como actor. Não foi de facto uma boa escolha para o vilão do filme.
Spielberg criou uma história com tudo o que um blockbuster pode ter: acção intensa (quem não se recorda do barulho que faziam os murros que Indy desferia, e que tanta vontade davam de rir? ou das perseguições de camião?), um herói de que todos gostam e sentem uma ligação especial e uma imensidão de comédia que se pauta pela qualidade, por explorar clichés e não pela piada fácil a que assistimos muitos realizadores de Hollywood recorrer para tornar num acto desesperado o se filme épico. Tenho que referir o maior medo de Indiana, as cobras, que estão sempre presentes ao longo da história e de que o aventureiro nutre um medo desmesurado, mas só explicado em “The Last Crusade”.
É uma aventura pura, onde os cenários desempenham igualmente um papel fundamental na saga, são eles próprios uma personagem. Utilizando toda a sua técnica, e dando-lhe aquele toque onde os efeitos de luz são extraordinariamente aproveitados, Spielberg presenteia-nos com uma floresta tropical da América do sul, até ao deserto do Egipto acabando numa ilha na costa grega. O elemento visual serve essencialmente para desencadear as melhores partes da história.
E quem não se recorda da fantástica banda sonora, em que se nota traços de uma orquestra que parece tirada do Star Wars, quem não tem saudades de ouvir o tão glorioso genérico que é uma imagem de marca de Indiana? Como bom filme de Spielberg, a música desempenha ela também um enorme papel, dando ainda mais emoção a toda uma história que vive do épico. Um trilha sonora digna se estar em qualquer mp3 ou em qualquer playlist.
Peço desculpa por a critica ser um pouco desajeitada, mas tal como Indiana Jones, não existe um jeito definido, existe um constante improviso que o vai guiando ao longo da vida, e que torna o carinho e fascínio que temos por este herói ainda maior. Raiders of the Lost Ark consegue ser intenso sem ser muito frenético ou até ao ponto de cansar, consegue ser acima de tudo puro, genuíno. É um herói que ultrapassa aquilo que as palavras podem descrever, mas que mesmo assim é totalmente credível tendo todos os defeitos humanos.

Nota:5/5

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