terça-feira, 11 de agosto de 2009

Outpost

Título Original: Outpost
Título em Português: Outpost - Exército Fantasma
Realizado por: Steve Barker
Actores: Ray Stevenson, Julian Wadham, Richard Brake, Paul Blair, Brett Fancy, Enoch Frost, Julian Rivett, Michael Smiley, Johnny Meres
Data: 2008
País de Origem: USA
Duração: 86 min.
M18
Cor, Som









Durante o regime nazi foram conduzidas experiências cujo seu teor é tão repugnante que custa a acreditar. O regime de Hitler investiu grande parte do seu tempo na pesquisa do oculto, do paranormal, entrando em “grandes cruzadas” arqueológicas com o objectivo de tentar criar o exército perfeito. Outpost pega numa dessas pesquisas/experiências e em mais 7 mercenários, mistura tudo dentro de um bunker secreto da segunda guerra mundial e dá-nos como produto final um filme interessante mas sobretudo consistente e poderoso. Não tem um grande orçamento, quer dizer, nem parece ter um orçamento de todo, visto jogar com as típicas fórmulas do cinema de terror; escuro, pessoas fechadas num sítio sem poderem sair, aberrações, música muito bem conjugada com as cenas e este acima dos outros tem o elemento nazi que só por si já cria aquele mal-estar. Passando ao filme, como já referi a história prende-se com a experiência conhecida por “teoria do campo unificado” que passaria por juntar 4 forças sendo elas: força nuclear forte e fraca, electromagnética e gravitacional (trailer do filme).
Um cientista norte-americano contrata um ex-marine, interpretado por o actor da premiada serie Rome, Ray Stevenson, com o objectivo de juntar uma equipa para o proteger, tendo a missão apenas 48horas sendo bem paga e aparentemente não apresentar nenhum risco de maior. Ao chegarem ao bunker apercebem-se que estão a lidar com algo nunca visto, descobrindo um sobrevivente no meio de uma pilha de corpos. À medida que se vão apercebendo que 48h não chegam, tomam noção do tipo de experiencias que ali eram levadas a cabo, e que o inimigo que combatem não era como muitos que enfrentaram antes de carne e osso, eram os soldados nazis utilizados como cobaias que já estão mortos e podem viajar através do espaço, materializando-se apenas quando quiserem; percebemos o objectivo através de um vídeo de propaganda nazi que pode ser em parte visto no trailer do filme.
Toda a acção é passada ou no interior do claustrofóbico bunker ou no exterior sendo que é igualmente uma área muito reduzida. Enquanto se tentam defender deste novo inimigo, alguns mercenários desaparecem misteriosamente durante os combates, até que finalmente descobrem a solução juntamente com o cientista, revelando aqui o propósito da sua visita, porque na realidade a equipa contratada não se tinha apercebido ainda do objectivo, que se tornou sádico, desta missão. Tinham que activar a máquina que lá estava e servia como um contra-peso, uma contra-medida o que lhes atribuia aquele poder, também os podia controlar, e esta era a única forma de conseguirem sair de lá. O final está bem arranjado, e conseguimos até soltar um riso por percebermos o que durante o filme é preceptivel so que agora temos realmente essa noção, acaba como começa.
Como se pode matar algo que já está morto?
A realização está muito bem conseguida, jogando com estes elementos todos muito bem, desde a caracterização dos soldados nazis, à utilização muito bem-feita do espaço, das luzes e dos diálogos que em si estão muito bem estruturados para um filme de tal natureza. Mas para um filme de terror ter aquela sensação final, precisa de uma banda sonora boa, e neste campo não falha, estando arranjada com muita mestria. As partes dos combates em que os soldados surgem no meio da floresta por detrás de um clarão e avançam impunentemente está digna de ser referida. Os actores cumprem muito bem, surpreendentemente bem o seu papel, sendo que nunca passam aquele ar de “bad ass” americano que mata tudo e ganha guerras sozinho, afinal como poderia alguem combater tal exército se este não pode ser morto. Mas atenção não rotulo este filme como só sendo de terror é acção/terror, sendo que esta pequena diferença altera um bocado o conceito, não estamos na presença de um Exorcista ou de um REC mas sim de algo diferente e que merece reconhecimento. Apesar da nota, este filme merece e deve ser visto.

Nota:2/5

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