quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Fahrenheit 9/11

Título Original: Fahrenheit 9/11

Titulo Português:Fahrenheit 9/11
Realizado por:Michael Moore
Actores:Michael Moore;George W Bush
Data:2004
Pais de Origem: EUA
Duração: 122 min
M/12
Cor, Som










E para concluir a minha “trilogia” de filmes baseados em factos reais nada melhor que: Um filme real.
Michael Moore é, como ele próprio se denominou, um “non-fiction man”, e crê na não ficção como o meio mais forte e eficaz de transmitir uma mensagem.
Neste caso, a mensagem é clara: não votem em George W Bush, embora os resultados eleitorais obtidos poucos meses depois demonstrem que essa mensagem não foi eficazmente transmitida o que é certo é que Michael Moore criou um dos melhores documentários da história.
Moore é como alguém o disse “o mais americano dos americanos”, e essa condição reflecte-se flagrantemente nos seus filmes, Fahrenheit 9/11 não é excepção. Este documentário é feito por um americano para americanos.
No filme Moore chocou a nação com fortes acusações onde evidencia e documenta casos de favores familiares e cedências ilícitas de empresas para as mãos de elementos próximos de Bush em troca de outros favores. Moore refere também a polémica teoria de o 9/11 ter sido facilitado por entidades americanas de forma a relançar a popularidade de Bush, e justificar a guerra que se seguiria. Outra das polémicas lançadas por este filme foi a alegada autorização concedida a familiares de Osama Bin Laden para abandonarem território americano nos dias que se seguiram ao atentado e ainda os sucessivos impedimentos causados pelo governo á comissão de investigação do atentado, bem como o esforço para não relacionar os sauditas com este atentado apesar de ser essa a nacionalidade de vários dos piratas do ar e de serem eles os principais financiadores da Al-Qaeda.
Moore conta com participações importantes de antigos membros de serviços secretos americanos, analistas políticos e jornalistas que prestam o seu depoimento dando uma maior credibilidade ás suas teorias.
Um dos pontos principais e de grande valor neste filme é a mestria com que Moore intercala estes relatos e as considerações sérias, com passagens divertidas que na maioria das vezes envolvem o próprio Bush. Tornando o filme mais leve e acessível que a maioria dos documentários, havendo momentos onde até somos capazes de soltar o nosso sorriso sarcástico ao ver o presidente dos EUA a ensaiar as expressões antes de discursar á nação .
Na segunda parte do filme Moore dá nos o retrato do drama da guerra e de como esta pode destruir uma família, mostrando nos o sofrimento de uma mãe e explorando-o demasiado chegando a ser chocante. Alias será esse o ponto mais negativo do filme, a exagerada exploração de imagens sensacionalistas e de sofrimento de pessoas reais, mas como disse, este é um filme americano para americanos, e ao que parece essa exploração é já algo natural nos Estados Unidos.
Após o seu lançamento o filme gerou uma enorme polémica e controvérsia como seria de esperar por todas as teses que apresentou. Venceu a palma de ouro no festival de Cannes em 2003,e Moore teve de abdicar da nomeação para os óscares para que o filme fosse autorizado a passar nas televisões americanas antes das eleições, aquando da sua transmissão bateu vários recordes de audiência sendo um dos filmes mais vistos de sempre na televisão dos EUA.
Um filme ideal para todos aqueles que se opõem a politica de Bush, para aqueles que não gostando do presidente americano saibam os verdadeiros motivos pelos quais se devem opor a este, e por fim para aqueles que ainda suportam George W saibam porque é que não o devem suportar.

Nota:

Outras Notas:
Miguel Patrício: 1/5
David Bernardino: 1/5
Azevedo: 3/5

2 comentários:

Anónimo disse...

Aqui está o bom exemplo de um realizador crítico e visivelmente bem informado. E começo a fazer esta primeira afirmação, uma vez que, metade das coisas que se passam nos EUA, como é o caso de ataques terroristas como o de 11 de Setembro, estão envoltos numa enorme bruma que não permite que haja clareza e conhecimento por parte da maioria dos Americanos.Mesmo assim alguém, como Moore aponta o dedo ao governo Bush e acusa-o de forma muito racional, mostrando o antes, o durante e o depois do terrivel atentado às torres gémeas.Com a realização deste filme Moore acaba por dar prova de grande coragem, dando o corpo ao manifesto a algumas vozes contra a temática do filme, uma vez que o tema abordado continua a criar entre os Americanos um sentimento de enorme dor.
A minha nota a este filme seria um 7...pela sua boa vertente documentária.

Anónimo disse...

identifiquem-se quando postarem analises sérias