terça-feira, 20 de outubro de 2009

V for Vendetta

Título Original: V for Vendetta
Título em Português: V de Vingança
Realizado por: James McTeigue
Actores: Hugo Weaving, Natalie Portman, Stephen Rea, Stephen Fry, John Hurt, Tim Pigott-Smith, Rupert Graves, Roger Allam
Data: 2005
País de Origem: Reino Unido/EUA
Duração: 133 min.
M/16Q
Cor, Som








"Remember, remember the 5th of November, the gun powder treason and plot. I know of no reason why the gun powder treason should ever be forgot."

Aproveitando esta frase que marca o filme, começo a minha critica por explicar o que foi a traição e conspiração da pólvora. No ano de 1605 um grupo de conspiradores católicos, insatisfeitos com a situação que o Rei Jaime I criara por beneficiar mais os protestantes e não atribuir direitos iguais entre os mesmos e os católicos, tentaram explodir o parlamento inglês, almejando assim matar o Rei, a sua família e maior parte da aristocracia protestante. O filme assenta nesta traição, transportada para um futuro fictício, mostrando o que pode acontecer quando valores como a liberdade são postos de lado em nome da "segurança" e da "paz". O objectivo da traição é explorado não no sentido das intenções mas sim do fim a que se queria chegar.
V, personagem interpretada por Hugo Weaving, apresenta-se como um revolucionário contra um regime totalitário que se instalou em Inglaterra devido aos grandes problemas que o país enfrentava. A realidade que o filme espelha é preocupante, sendo vivida em moldes um bocado diferentes no passado, e parece que o futuro que espera a Europa e o resto do Mundo não se prevê muito propicio a que as liberdades que hoje tanto preservamos durem. A personagem é em última analise um farol de esperança numa sociedade totalmente controlada e intimidada, uma população que já aceitou a sua condição e que vive a sua rotina diária sem o mínimo desvio com medo das consequências. São seres inertes, amorfos. Ao longo do filme vamos percebendo que este regime foi instalado com base em mentiras e em crimes hediondos provocados pelo próprio Estado para legitimar o seu poder, não deixando também de fazer criticas ao papel da igreja apresentando um padre pedófilo, e verdade seja dita têm-se ouvido falar muito nestes casos.
Mas porquê V de Vingança? V foi levado para uma experiencia genética, tendo sido sujeito a situações que lhe deformaram o corpo. Esta vingança é na realidade, uma vingança pessoal, uma vendetta contra o que lhe foi feito, contra os homens que agora estão no poder. É como que uma dupla vingança, primeiro contra o que sofreu e depois para libertar o país da opressão. A justificação para esta vingança vai ser posta em causa com a personagem de Natalie Portman, sendo que V encontra a sua consciência e ao apaixonar-se vai deixar a decisão de revolução nas mãos dela.
V de Vingança vive muito da maravilhosa interpretação de Hugo Weaving, a maneira como se mexe e como fala adquirem uma áurea mística não sendo preciso sequer ver a sua cara que está tapada por uma máscara com a cara de Guy Fawkes, um dos homens responsáveis pela conspiração de 1605 . Vive também do modo como criaram o esconderijo de V, uma cave recheada de cultura, um abrigo, um grito contra a "anti-cultura". Mas olhando com atenção penso que o filme poderia ter ido um bocado mais longe na critica que faz ao que se vai assistindo diariamente, ao disfarce que se faz sobre a restrição de liberdades. Aborda sem dúvida o tema e em alguns momentos chega a ser perturbante o que está a acontecer a frente dos nossos olhos e não nos apercebemos.

Nota: 3/5

1 comentário:

Anónimo disse...

Creedy: Die! Die! Why won't you die? Why won't you die?

V: Beneath this mask there is more than flesh. Beneath this mask there is an idea, Mr. Creedy, and ideas are bulletproof.

sara balancho.
(nao consigo postar em open ID!)