Die Hard

Titulo Original: Die Hard
Titulo Português: Assalto ao Arranha-Céus
Realizado por: John McTierman
Actores: Bruce Willis, Alan Rickman, Bonnie Bedelia, Reginald VelJohnson, Hart Bochner
Data: 1988
País de Origem: Estados Unidos
Duração: 131 mins
M/12Q
Cor e Som

Yippee Ky Yay Motherfucker! Consegui finalmente rever aquele que é sem dúvida o filme que mais marcou a minha criancice, e que fez de Bruce Willis, ainda com bastante cabelo, o meu herói de infância. Die Hard não é apenas um filme de acção, é O filme de acção. E mais que um filme de acção é um fantástico thriller furtivo, que lançou uma das mais famosas personagens de Hollywood: o sarcástico e estiloso John McClane.
Die Hard conta-nos a história de um assalto ao arranha-céus Nakatomi Plaza, localizado em Los Angeles, que seria o símbolo de uma das maiores e mais ricas empresas do país. Na noite em que os membros da empresa dão a festa de inauguração do edificio, um grupo de terroristas toma de assalto o Nakatomi Plaza, num plano exímio e aparentemente sem falhas. Por mero acaso, encontra-se no prédio o polícia de Nova Iorque John McClane (Bruce Willis), que foi visitar a ex-mulher Holly, funcionária da empresa. McClane está descalço e de camisola interior sozinho num dos quartos quando o edifício é tomado de assalto. Ele lá consegue escapar aos terroristas e começa então o jogo do gato e do rato que serve de premissa para todo o filme. Em termos de como a acção é mostrada o filme é todo um enorme cliché, é verdade, mas a genialidade da personagem de Bruce Willis, a furtividade galopante, a comédia das personagens secundárias, desde policias, jornalistas ou o motorista (e do próprio Bruce Willis), e por fim o imortalizado vilão Hans Gruber (Alan Rickman), fazem de Die Hard um todo de características que nos fazem sorrir de prazer enquanto vemos este grande filme. O facto de ser o tipico hollywoodesco é perfeitamente justificável, pois se não fosse isso como se poderia criar o perfeito cowboy McClane? Além disso o filme nunca é frágil, nem por um momento. Todo ele funciona como um todo sólido e coerente e o facto de se passar todo num arranha céus é mais um factor que nos prende a atenção e dá um ar de unidade ao filme. Conforme a acção se vai desenrolando o espectador fica cada vez mais entusiasmado. Isto porque apesar de estar descalça e completamente feito num trapo, John McClane irá fazer frente sozinho a todo este grupo de terroristas. No entanto não se julgue que Bruce Willis é um Steven Seagal, não há nem comparação possivel. McClane não é um super-homem que vai a correr contra 10 terroristas e nenhuma bala lhe acerta. Desse ponto de vista, Die Hard é extremamente realista. E como eu não acredito que ainda haja alguém que não viu este filme, basta lembrarem-se do estado em que John se encontra no fim do filme. As interpretações distinguem-se com Bruce Willis e Alan Rickman. Muito pela personagem que Bruce Willis cria, onde ainda se notam traços de Moonlighting (Modelo e Detective), a comédia policial que o lançou e, diga-se, muito bem. E Hans Gruber é simplesmente um vilão genial, a quem não falta ironia, crueldade e aquela calma controladora tipica do bom vião. Interessantemente existe até uma cena na qual ficamos do lado dos maus, o que é bastante curioso. Seja como for, Die Hard é sem dúvida o grande épico de acção do cinema americano que influenciou centenas de outros filmes, videojogos e até livros policiais que nunca conseguiram chegar aos calcanhares frios e ensanguentados de McClane. A ver urgentemente e com um grande sorriso colado na cara.

Nota:

Outras Notas:
Miguel Patrício:
Pedro Mourão-Ferreira: